16 de novembro de 2007

13ª CNS: Professora sugere formas de aumentar recursos da saúde

Brasília – A professora do Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília (UnB), Ivanete Salete Boschetti Ferreira, defendeu hoje (15) a retirada das receitas da seguridade social da Desvinculação das Receitas da União (DRU), "o que mediatamente significaria ampliar em 20% os recursos do orçamento da saúde, Previdência e assistência social”.

A DRU é um mecanismo que permite ao governo lançar mão de 20% de qualquer arrecadação sem definir a destinação desses recursos.

Outra sugestão da professora da UnB foi a regulamentação a Emenda Constitucional 29, para assegurar a ampliação e a estabilização dos recursos para a política de saúde, além de definir especificamente o que são gastos com saúde.

Ela sugeriu também a criação de um Fundo Nacional de Seguridade Social para articular os recursos de fundos da Previdência, Saúde e Assistência Social. “De modo a fazer uma partilha mais equitativa”.

Para a professora, a estruturação e o fortalecimento da rede pública de saúde e seguridade social poderiam contrapor a proposta de criação de fundações estatais de direito privado no setor.

Ao participar hoje (16) da 13ª Conferência Nacional de Saúde, ela afirmou que orçamento da seguridade social está com “crescimento estagnado” em relação ao Produtor Interno Bruto (PIB – a soma das riquezas prioduzidas no país). “Ficou em 10% e 11% aos longo dos últimos anos, apesar do crescimento da população”.

Fonte: Agência Brasil

16 de novembro de 2007

Vídeo:cerca de 90% dos atuais fumantes começaram com o vício antes de 19 anos

Cerca de 90% dos atuais fumantes começaram com o vício antes de 19 anos. Médicos apontam prejuízos do tabagismo para a saúde, meio ambiente e hospitais.

Cliqeu aqui e assista a íntegra da reportagem da Radiobrás.

16 de novembro de 2007

Dia do Não Fumar alerta sobre conseqüências do tabagismo para a saúde

Brasília – Hoje (16) se comemora em todo o país o Dia do Não Fumar, que tem como proposta mobilizar a população para discutir as conseqüências do tabagismo para a saúde. Nos últimos anos, o crescente número de doenças provocadas pelo fumo reforçou os questionamentos sobre os efeitos do tabagismo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o vício do cigarro é considerado a principal causa de mortes inevitáveis em todo o mundo.

Para o pneumologista Celso Antônio Rodrigues, chefe do Núcleo de Prevenção da Gerência do Câncer do Distrito Federal, a importância de datas como a de hoje é a possibilidade de promover debates e alertar a população.

“Nunca uma epidemia causou tanta morte quanto está causando o tabagismo, uma epidemia que alcança o mundo inteiro. Não tem um país em que não se fuma.”

O especialista afirma que, dentre as substâncias presentes no cigarro, as mais maléficas à saúde humana são o benzopireno e o monóxido de carbono, que alteram o DNA da célula, transformando uma célula normal em uma célula diferente e, posteriormente, em um tumor.

Dentre as doenças relacionadas ao uso prolongado do cigarro, o médico destaca os diversos tipos de câncer, além de problemas vasculares, derrame cerebral e até mesmo a amputação de membros. “Não tem um órgão do organismo que esteja livre em função do indivíduo fumar”.

O médico explica que o câncer de pulmão, doença mais associada ao tabagismo, pode se manifestar de diferentes formas. O adenoma, um tumor benigno, pode ou não ter relação com o cigarro. Já o adenocarcinoma e o carcinoma espinocelular são causados diretamente pelo fumo.

Celso Antônio Rodrigues alerta que as pessoas que convivem com fumantes e que acabam se tornando fumantes passivos estão igualmente ameaçadas.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o chamado o tabagismo passivo é a terceira principal causa de morte evitável no mundo, depois do tabagismo ativo e do consumo excessivo de álcool.

O ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono, e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro.

Outro mal causado pelo tabaco é o enfisema pulmonar, doença caracterizada pela destruição progressiva dos pulmões. Os sintomas iniciais se resumem à falta de ar, mas ao final, o paciente não consegue mais respirar sozinho, e sobrevive apenas à base de oxigênio.

"Algumas pessoas, ao parar de fumar, melhoram muito a condição respiratória, mas aquilo que o cigarro destruiu não vai mais se recuperar”.

Dentre as dificuldades para largar o vício, o especialista destaca não somente a dependência química, que pode levar a crises de abstinência severas, como também o próprio condicionamento provocado pelo ato de fumar. “A pessoa cria aquele ritual de acordar, tomar um café e fumar, almoçar e fumar”.

Para Rodrigues, o fumante que deseja largar o vício precisa investir em uma mudança de comportamento. Para os que são considerados dependentes fortes, o pneumologista recomenda a reposição de nicotina por meio de gomas de mascar e adesivos transdérmicos, disponíveis no Brasil.

O médico garante que o indivíduo que consegue parar de fumar pelo período de um ano já pode ser considerado um ex-fumante. Ele afirma que os benefícios de parar de fumar podem ser percebidos ainda nas primeiras 24 horas sem o cigarro. “A pessoa já tem uma pressão arterial dentro da normalidade, melhora as suas condições respiratórias, dorme mais e melhor”.

 

Rodrigues lembra que a composição química da fumaça do cigarro envolve cerca de 4.720 produtos químicos, alguns deles radioativos, como o Polônio 210 e o Césio. Ele destaca o fato de que a receita para assistência à saúde no Distrito Federal, atualmente, é de R$ 20 milhões por mês, dos quais R$ 12 milhões são gastos com doenças relacionadas ao tabaco.

 

Fonte: Agência Brasil

16 de novembro de 2007

Começa a 13ª Conferência Nacional de Saúde

É chegado o momento mais esperado pelos conselheiros de saúde de todo o País: a Conferência Nacional de Saúde. Quatro anos após a realização da 12ª Conferência Nacional de Saúde, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) e o Poder Executivo convocam a 13ª Conferência Nacional de Saúde para 2007”. Essa é a mensagem que aparece para todos que acessam a página da 13ª CNS. Com o tema "Saúde e Qualidade de Vida: Política de Estado e Desenvolvimento", a Conferência começa hoje, 14, e vai até domingo (18). Neste ano o evento terá a participação recorde de cerca de 4 mil pessoas e 2,5 mil delegados, além de observadores, convidados e expositores (conferencistas, relatores e equipe de apoio). O encontro deverá debater 588 propostas, divididas em três eixos de acordo com o objetivo.

Depois de participar das Conferências Estaduais, o Coffito participa agora da Conferência Nacional, onde terá um espaço destinado a troca de idéias e apoio aos profissionais, acadêmicos e participantes. Na sede do Conselho (SRTS quadra 701 conjunto L – Edifício Assis Chateaubriand bloco II salas 602/614) também foi organizada uma estrutura com quatro computadores, uma impressora e uma sala de reuniões à disposição para o apoio logístico aos profissionais.

Pela manhã, vão ser realizadas mesas-redondas. Após as apresentações, haverá um debate entre os expositores. À tarde, haverá dez plenárias temáticas simultâneas sobre cada eixo, cada uma com cerca de 400 delegados. É nesse momento que os delegados eleitos pelos estados votam as propostas para o SUS. O último dia será dedicado à votação na plenária final. A abertura oficial está marcada para as 19h. Às 20h, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, fará uma conferência.

A 13ª Conferência receberá 20 representantes de países interessados em conhecer o Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria dos estrangeiros virá de países do Mercosul, que pensam em adotar o SUS como modelo. O secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Antônio Alves de Souza, afirma que o SUS já é apresentado a outros países. Segundo ele, o governo brasileiro oferece auxílio técnico, especialmente a países africanos interessados em adotar o sistema.

O objetivo principal da conferência é avaliar a situação da saúde de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), previstos na Constituição Federal e na Lei Orgânica de Saúde. O evento também definirá diretrizes para garantir a saúde como direito humano fundamental e como política de Estado, além de definir ações que possibilitem o fortalecimento da participação social. (Agência Coffito)

Veja o que já foi publicado no site do Coffito sobre a 13ª Conferência Nacional de Saúde

14/11/2007

13ª CNS: conselheiros, delegados e ministro participam de confraternização

  • 06/11/2007

    Grupo de Relatores sintetizam propostas para a 13ª Conferência Nacional de Saúde


  • 05/11/2007

    Especial 1: Municípios têm participação recorde nas preparatórias da Conferência Nacional de Saúde


  • 05/11/2007

    Especial 4: Conferência nacional avaliará criação de fundações estatais no setor de saúde


  • 05/11/2007

    Especial 3: Aplicação dos recursos da Emenda 29 também deve ser tema da 13ª Conferência


  • 11/10/2007

    6ª Conferência do Rio Grande do Norte reúne 900 delegados


  • 11/10/2007

    Fortaleza recebe 2.100 delegados para a 5ª Conferência de Saúde

     

  • 08/10/2007

    Quatro mil conferências municipais e 27 estaduais preparam debate nacional de saúde


  • 08/10/2007

    Começa a 7ª Conferência de Saúde no Maranhão


  • 08/10/2007

    Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais garantem mais uma vaga para a 13ª Conferência Nacional de Saúde


  • 08/10/2007

    Paraíba realiza a 6ª Conferência de Saúde


  • 25/09/2007

    Ministério da Saúde faz videoconferência da Tabela Unificada


  • Imagem destaque21/09/2007

    Coffito participa da Conferência Estadual de Saúde em Santa Catarina


  • 20/09/2007

    Começa 5ª Conferência de Saúde de Santa Catarina


  • 18/07/2007

    Oficina de TO no Congresso da Abrasco

  • 16 de novembro de 2007

    13ª CNS: Representante de Angola visita tenda do Sistema Coffito/Crefitos

    Na manhã desta quinta, 15/11, a tenda de serviços de fisioterapia e de terapia ocupacional coordenada pelo Sistema Coffito/Crefitos na 13ª Conferência Nacional de Saúde recebeu a visita de Elisa Gaspar, representante do ministro da Saúde de Angola, Anastásio Artur Ruben Sicato. Elisa é médica pediatra e trabalha há 10 anos como assessora do Ministério.
           
    A respeito do sistema público de saúde do país, a assessora disse que grande parte dos serviços é gratuita. De acordo com ela, ainda existem algumas dificuldades por conta da reestruturação do governo nesse período pós-guerra.
     
    Questionada sobre a atuação de fisioterapeutas e de terapeutas ocupacionais na saúde pública, ela respondeu que existem serviços de fisioterapia, mas que os centros de reabilitação ainda passam por problemas e estão sendo aperfeiçoados. Ela destacou que a população angolana tem muita necessidade de atendimentos na área da fisioterapia. “A demanda é grande por que são muitos os mutilados de guerra”, disse.
     
     
     
    Agência Coffito
    15 de novembro de 2007

    Presidente do Conselho de Saúde cobra implementação de plano de carreira

    Brasília – A reestruturação da Rede de Atenção Básica e a implementação do Plano de Carreira dos profissionais de saúde são os dois pontos ausentes nos programas do governo na área, na avaliação do presidente do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Batista Júnior.

    Ao participar da 13ª Conferência Nacional de Saúde, que se realiza em Brasília, até domingo (18), Batista afirmou que o governo vem desenvolvendo bons programas na área de saúde, mas é preciso melhorar as relações de trabalho.

    Ele citou como exemplo o Programa Saúde da Família, que considera "precário".Segundo ele, é possível encontrar profissionais que são contratados sem nenhum documento assinado.

    São contratos verbais, informais, uma "diferenciação salarial brutal" entre um profissional e os demais, que desestimula a equipe como um todo.

    "Priorizaram as equipes do Programa de Saúde da Família, desestruturaram a Rede de Atenção Básica, que tem um custo financeiro, e isso gerou como conseqüência um programa excepcional com dificuldades na relação de trabalho, com dificuldades de remuneração e sem uma rede de atenção para dar resposta às demandas que eles descobriram.”

    Batista Júnior disse que faltam políticas públicas que interliguem os diversos programas do governo. Ele citou como exemplo de boas iniciativas do governo os Programas de Agentes Comunitários da Saúde, de Atenção Farmacêutica e de Atenção ao Idoso. Para ele, na visão do conselho, falta um acompanhamento dos Conselhos de Saúde estaduais e municipais sobre esses programas.

    “Acho que os Conselhos de Saúde não estão cumprindo bem o seu papel. No momento em que as políticas são aprovadas no Plano Nacional [de Saúde], que são divulgadas e são compactuadas, compete a cada conselho de saúde desse imenso país, cobrar de cada gestor a execução daquela política na esfera do governo correspondente.”

    A presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social da Central Única dos Trabalhadores, Maria Aparecida Godói de Faria, citou programas que considera bons no governo, como por exemplo, os destinados a crianças e adolescentes, a idosos, à mulher; a adolescentes grávidas.

    “Enfim são vários programas que fazem parte da política nacional de saúde, pensando o cidadão como um todo, que têm dado certo. Desde que os governos estaduais e municipais se comprometam.”

    Maria Aparecida Faria falou também da necessidade de implantação do Plano de Cargos e Salários do Sistema Único de Saúde (SUS), para valorizar o profissional da saúde. “Se você não valorizar o profissional de saúde, você não consegue ter pessoas que venham para o sistema [SUS]. Você tem ótimos profissionais que o sistema perde para o setor privado, porque ele não é reconhecido como profissional.”

    O secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Antônio Alves de Souza, explicou o que tem ocorrido com o Programa Saúde da Família. Segundo ele, como a equipe de Saúde da Família, se preparada, resolve 80% dos problemas da população, os prefeitos e secretários municipais de saúde têm preferido investir na organização das equipes desse programa e, para atrair os profissionais, pagam um salário melhor.

    "Acho que a solução está na organização da carreira SUS [Sistema Único de Saúde], onde a remuneração se dará pelo grau de complexidade do seu trabalho. Um profissional mais especializado, que é titulado, tem que ganhar mais. Então quando tivermos a carreira, acho que isso estará resolvido”.

    Para o secretário, é preciso melhorar o atendimento à população através da Rede de Atenção Básica, além de qualificar seus profissionais envolvidos nesse atendimento. Na avaliação dele, é necessário ainda organizar serviços de média e alta complexidade para dar apoio às equipes de atenção básica.

    Fonte: Agência Brasil

    15 de novembro de 2007

    13ª CNS:presidente do Conselho Nacional de Saúde critica criação de fundações para administrar o SUS

    Brasília – Com os aplausos dos cerca de quatro mil presentes na abertura da 13ª Conferência Nacional de Saúde, o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Francisco Batista Júnior, criticou a proposta de criação de fundações estatais de direito privado para gerir o Sistema Único de Saúde (SUS).

    “Nós temos que fazer esse debate com muita tranqüilidade e com muita responsabilidade. Não podemos permitir que propostas que não se contrapõem aos problemas que existem e que aprofundam as distorções que existem sejam implementadas”, afirmou Francisco Júnior.

    O presidente do CNS afirmou que o Estado brasileiro, bem como a saúde, sempre foram “loteados” por grupos e corporações organizados. “E isso também aconteceu na gestão do SUS e na gerência dos serviços, apesar das honrosas exceções que nós sabemos muito bem que existem”, disse.

    Francisco Júnior defendeu a profissionalização da gestão e da gerência de serviços a partir dos quadros de profissionais que já existem no SUS.

    "A nossa perspectiva é de termos o trabalhador da saúde, aquele que trabalha com a saúde do seu semelhante, e não como trabalhador que pode ser demitido a qualquer momento”.

    O presidente do Conselho Nacional de Saúde alertou para a necessidade de se enxergar a saúde de forma mais abrangente, dando prioridade à prevenção de algumas doenças que ainda afligem o Brasil. “Não podemos ter um programa maravilhoso de transplantes, não podemos ter um programa maravilhoso de combate ao HIV, não podemos ter um programa maravilhoso de vacinação, e sermos vergonhosamente campeões de tuberculose no mundo”, afirmou.

    Para Francisco Júnior, o povo brasileiro precisa de outras formas de trabalhar na saúde, o que significa começar a dar prioridade efetivamente à atenção básica. Segundo ele, saúde deve ser mais que apenas assistência. “Educação é saúde, sim; combate à violência no trânsito é saúde, sim; combate à violência familiar é saúde, sim; emprego e renda é saúde, sim”, enfatizou.

    A 13ª Conferência Nacional de Saúde prossegue até domingo (18), com a discussão central pautada no tema Saúde e Qualidade de Vida: Políticas de Estado e Desenvolvimento.

    Os debates ocorrerão em mais três eixos: desafios para a efetivação do direito humano à saúde no século 21, o SUS na seguridade social e a participação da sociedade na efetivação do direito humano à saúde.

    Fonte: Agência Brasil

    15 de novembro de 2007

    Conferência Internacional analisa Política de Saúde Mental do Brasil

    Ministério da Saúde e Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) promovem, na próxima segunda-feira (19), em São Paulo, conferência para avaliar as políticas públicas de saúde mental adotadas no Brasil. Neste evento, será apresentado um relatório sobre a infra-estrutura de saúde mental do país, contendo propostas a serem implementadas. O relatório foi elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em parceria com o Ministério da Saúde e a UNIFESP.

    O encontro será aberto pelo Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério, Reinaldo Guimarães, que estará representando o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.

    Durante o encontro, será lançada série especial de artigos sobre saúde mental, divulgada pela Revista Lancet , da Inglaterra. 

    Entre as principais recomendações do relatório que será avaliado no encontro, estão a continuidade do investimento para a expansão do sistema comunitário, principalmente no que diz respeito ao incremento da cobertura e ampliação do acesso ao tratamento dos transtornos mentais graves (aumentar o número e a eficiência dos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS – em operação).

    O relatório sugere ainda a ampliação de leitos psiquiátricos em hospitais gerais, apontados como capazes de ajudar a minimizar o estigma da doença, e  têm o benefício de garantir o acesso a exames laboratoriais e de imagem, considerados importantes no cuidado aos transtornos mentais graves.

    De acordo com o relatório, é importante também  ampliar o atendimento de emergências e disponibilizar  leitos psiquiátricos no Pronto-Socorro. Destaca como necessária a ampliação do Programa De Volta para Casa e de outras ações de desinstitucionalização de pacientes de longa permanência.

    Para os especialistas, deve-se pensar em aumentar a oferta de ações de saúde mental na atenção primária, especialmente nas equipes de Saúde da Família e Agentes Comunitários de Saúde.

    Durante o encontro em São Paulo também será proposta uma nova rodada de financiamento de pesquisas em áreas definidas como prioritárias, por meio de parceria entre os Ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia. Especialistas defendem também a ampliação do financiamento SUS que, alegam, deveria estar acima dos 2% da percentagem do orçamento gasto hoje em saúde.  

    A série especial de estudos sobre saúde mental da revista Lancet avaliou positivamente a opção feita pelo Brasil por serviços inovadores e intervenções comunitárias, ou seja, extra-hospitalares, com ênfase na expansão dos CAPS e do Programa De Volta para Casa.

    A revista Lancet apontou o Brasil e o Chile como os países em desenvolvimento que mais avançaram em termos de políticas públicas de saúde mental. Os artigos que serão divulgados durante o encontro tiveram, como subsídios, opiniões de gestores e ex-gestores públicos da área convidados a fazer uma análise dos êxitos e dificuldades na condução dos programas de saúde mental.
     
    O encontro será realizado no Anfiteatro Marcos Lindenberg, da UNIFESP, na capital paulista. 

    Agência Saúde
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    14 de novembro de 2007

    13ª CNS: Lula reitera que não brigará com o Senado pela aprovação da CPMF

    Brasília – Ao participar da abertura da 13ª Conferência Nacional de Saúde, na noite de hoje (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou que não vai brigar com o Senado pela aprovação da prorrogação da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). E disse ter a impressão de que a imprensa tenta "vender" uma briga entre ele e o Senado.

    "Parem com essa bobagem, porque o ‘Lulinha paz e amor’ não vai brigar com o Senado”, afirmou. Ele disse ainda que votar contra ou a favor da CPMF dependerá do estado de consciência de cada senador no dia da votação. Mas advertiu que, seja qual for o resultado, os senadores terão que prestar contas ao povo.

    Segundo Lula, é importante que deputados e senadores comecem a mapear quanto de dinheiro da CPMF vai para cada estado. “Vamos ver quanto é que o Rio Grande do Sul recebeu no ano passado e recebe da CPMF neste ano para a saúde, e vamos perguntar à governadora se ela pode prescindir desse dinheiro”, exemplificou. "Porque se cada governador, se cada prefeito puder prescindir desse dinheiro, significa que eles vão cobrir o que a CPMF garante e, então, não vamos ter tantos problemas”, acrescentou.

    De acordo com o presidente, a briga pela CPMF não é entre o Senado Federal e ele, mas com todos os municípios brasileiros. “Eu não quero brigar e não vou brigar. A briga não é comigo, eles [os senadores] têm que explicar para os 5.600 municípios brasileiros quem é que vai dar o dinheiro para a prefeitura cuidar da saúde, não é para mim”. E, dirigindo-se à platéia, continuou: “Vocês também têm responsabilidade para que a CPMF seja aprovada no Congresso Nacional”.

    Em seu discurso, Lula afirmou que o Sistema Único de Saúde (SUS) não é só para os pobres: “Temos que parar com essa mania de dizer que pobre é um problema. A saúde nesse país é de todos. E quando um rico paga um plano de saúde caro, ele desconta isso no Imposto de Renda.”Lula lembrou ainda a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da Emenda Constitucional 29, que regulamenta os gastos com a saúde: “Essa é uma medida importante que está sendo avaliada pelo Senado. O que são investimentos em saúde? Precisamos regulamentar isso.”

    A 13ª Conferência Nacional de Saúde prossegue até domingo (18), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade.

    Fonte: Agência Brasil

    14 de novembro de 2007

    13ª CNS: Chinaglia defende participação popular na efetivação do SUS

    Brasília - Presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), discursa durante a abertura da 13ª Conferência Nacional de Saúde

    Brasília – Presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), discursa durante a abertura da 13ª Conferência Nacional de Saúde

    Brasília – O presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), destacou a importância da participação popular na construção do Sistema Único de Saúde (SUS) no âmbito da 13ª Conferência Nacional da Saúde, em discurso na solenidade de abertura do evento.

    “Acreditamos na produção qualificada de propostas. Se há desafios, haveremos de transformá-los em oportunidades para melhorar a vida do povo brasileiro. Condena o Sistema Único de Saúde quem não faz uso dele – as pesquisas assim apontam”, afirmou.

    Chinaglia também ressaltou a atuação da Câmara dos Deputados na regulamentação da Emenda 29 – que fixa percentuais de investimento em saúde pelas três esferas de governo. Ele disse que o Congresso Nacional tem “sensibilidade para tratar a saúde como ela merece” e lembrou que o senador Tião Viana (PT-AC), que participou da abertura da conferência, apresentou o primeiro projeto de regulamentação da emenda.

    O presidente da Câmara também criticou uma visão “neoliberal” sobre a saúde no século 20, quando “o mundo se apoiou no Estado mínimo, na teoria que o Estado é deficiente, é perdulário, é gastador”.

    Depois de citar o desempenho da Petrobras no século passado, Chinaglia baseou-se em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para demonstrar que o Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas produzidas no país) cresceu 110%, mas o país ainda convive com problemas “brutais” decorrentes de doenças como malária, dengue e hanseníase.

    “Isso não se refletiu nos índices de sanidade do povo brasileiro”, disse. E acrescentou que os índices de mortalidade infantil brasileiros só superam, nas Américas, os da Bolívia e das Guianas.

     

    Fonte: Agência Brasil