8 de novembro de 2007

Nota de Pesar

É com extremo pesar que o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional comunica o falecimento de Cyro Gabriel do Espírito Santo Cardoso, pai do coordenador-geral do Coffito, Augusto Cardoso. O falecimento ocorreu nesta quinta-feira, 8, em Juiz de Fora, Minas Gerais. Sem palavras suficientes para amenizar a dor, Diretoria, conselheiros e colaboradores rogam a Deus que conceda a paz e a força necessárias aos amigos e familiares

8 de novembro de 2007

Seguridade Social aprova a prestação de serviços fisioterapêuticos e terapêuticos ocupacionais no PSF

 
A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 7, por unanimidade, o parecer do deputado Alceni Guerra (DEM/PR), sobre o PL 3256/2004, do deputado Geraldo Resende (PMDB/MS) e o PL 4261/2004, da deputada Gorete Pereira (PR/CE), que tramitam conjuntamente e dispõem sobre a inclusão dos profissinais da Fisioterapia e Terapia Ocupacional nas equipes do Programa de Saúde da Família.
 
Durante a reunião, o deputado Alceni Guerra destacou a importância da proposta. “O Brasil precisa parar de pensar em doença e começar a pensar em saúde. Muitos pacientes ficam internados indevidamente nos hospitais, ocupando vagas quando poderiam ser tratados em suas casas, por um fisioterapeuta”. No parecer ele afirma: "Consideramos que a inclusão de profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais nas equipes do PSF contribuirá para fortalecer a integralidade no SUS, uma vez que a realidade demográfica (o envelhecimento progressivo de nossa população) e a epidemiológica demonstram que as doenças e agravos não transmissíveis representam a maior causa de óbito em nossa País, sendo também relevante a morbidade associada,de modo que muitas dessas condições tornam necessário um maior acesso da população aos serviços prestados pelos referidos profissionais".
 
O Artigo. 2º do substitutivo apresentado determina que "Fica o Programa de Saúde da Família, criado pelo Sistema Único de Saúde, obrigado a prestar serviço de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional, de forma a garantir o acesso de todos os cidadãos a estas assistências profissionais na equipe de saúde de família, por meio de recursos, métodos e técnicas necessárias para resolução dos problemas de saúde relacionados a estas profissões e suas especialidades.
 
Modernização
 
De acordo com a vice-presidente do Coffito, Dra Ana Cristhina Brasil, que é coordenadora da Comissão de Assuntos Parlamentares para Assuntos da Fisioterapia e Terapia Ocupacional, essa é mais uma etapa vencida em um trabalho de acompanhamento do processo parlamentar. “É mais uma resultado positivo, fruto da dedicação e empenho dos membros do Conselho e da Comissão Parlamentar junto aos parlamentares, às comissões, lutando para que a Fisioterapia e a Terapia Ocupacional sejam cada vez mais valorizadas, atendendo uma demanda da própria sociedade brasileira”, afirma.          
 
O deputado Dr. Pinotti (DEM/SP), também defendeu a proposta e disse que, como gestor de saúde, sempre identificou como problema as transferências de pacientes de um município para outro em razão de sessões de fisioterapia. “Isso é um absurdo, pois é um procedimento que deveria existir no nível da atenção primária; é um procedimento simples e com alto grau de demanda da população. O deputado disse também que é preciso modernizar o Programa de Saúde da Família, o que é contemplado pelo projeto. Ou modernizamos esse Programa ou todo o dinheiro do SUS vai para ele e o rendimento é muito pequeno. E, sem dúvida, uma das formas de modernização é trabalhar com equipe de saúde e incluir o fisioterapeuta”.
 
Para a deputada Gorete Pereira (foto ao lado), que é fisioterapeuta e autora de um dos projetos, o Programa Saúde da Família visa a ampliar a cobertura assistencial à população e a possibilitar uma maior aproximação dos profissionais de saúde da realidade das famílias brasileiras.  “A atenção prestada pelo PSF deve estar ancorada nos princípios que norteiam o próprio SUS, como a integralidade e a universalidade, o que implica um trabalho dentro da perspectiva da multidisciplinaridade da assistência à saúde”, afirma a deputada.
 
Segundo ela, para atender a diversidade de problemas com que se deparam as equipes do PSF, é preciso incorporar ao Programa outros profissionais além daqueles que integram as equipes mínimas. “A participação desses profissionais certamente vai ampliar e potencializar as ações do PSF, no sentido de dar respostas concretas a uma gama específica de condições que interferem diretamente sobre a saúde e a qualidade de vida e que estão no campo do conhecimento da fisioterapia e da terapia ocupacional”, explica a deputada.

 
Leia aqui o parecer
 
Clique aqui para acompanhar a tramitação
 
 
Agência Coffito
8 de novembro de 2007

COFFITO reconhece especialidade de Fisioterapia Esportiva

O plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional – Coffito, reunido na noite desta quarta-feira, 7, aprovou parecer final do processo de reconhecimento de mais uma especialidade da fisioterapia: a Fisioterapia Esportiva.
 
“A especialidade de fisioterapia esportiva é uma conquista da categoria muito bem representada pela Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva (Sonafe), que trabalhou por três anos no sentido de comprovar, ao Colegiado do Coffito, a capacidade e o diferencial dos profissionais desta área de atuação”, afirmou o Dr. Euclides Poubel, presidente do Conselho, acrescentando que deve-se comemorar mais um grande passo da organização profissional da fisioterapia.
 
O processo foi iniciado na gestão anterior da Sonafe, pelo então presidente, Dr. Cláudio Monteiro. Devido às exigências estabelecidas pelo Coffito, o processo caminhou no sentido de comprovar objetivamente tais exigências. A atual gestão, presidida pelo Dr. Eduardo Merdedrut, impulsionou a criação dos comitês regionais em vários estados da Federação e a realização de provas de proficiência para titulação de novos sócios especialistas, “coroando o movimento continuado dos profissionais da área esportiva, tão reconhecidos socialmente, e agora legalmente como especialistas”, destacou Euclides, enfatizando que o Colegiado do Coffito congratula os membros da entidade, em especial os responsáveis pela condução do processo. Poubel destacou ainda a coerência e a imparcialidade que foram demonstradas nas gestões do Dr. Cláudio e do Dr. Eduardo.
 
O Dr. Eduardo Mederdrut e o diretor do Comitê Regional da Sonafe no Distrito Federal, Dr. Márcio Antonelo, acompanharam a aprovação da nova especialidade. Eles ressaltaram a importância histórica deste momento para os especialistas da área e para a Fisioterapia, e demonstraram satisfação em ter conquistado este avanço de forma ética e coletiva. “Fico emocionado em estar presente em uma reunião do meu Conselho Federal e poder assistir a este fato tão desejado. Só tenho a agradecer por tudo que os conselheiros do Coffito fizeram pela Fisioterapia Esportiva, em especial ao coordenador do CICAT, Dr. Fernando Ferrari, que nos ouviu, ensinou e participou desta conquista”, disse o presidente da Sonafe. 
 
Educação Continuada e regulação da atividade 
 
A criação da nova especialidade vai permitir que os fisioterapeutas tenham uma educação continuada. Para isso, após o curso de especialização, o profissional deverá passar por todos os órgãos reguladores – Conselho Regional, Sonafe e Coffito. 
 
O Dr. Fernando Ferrari disse que a fisioterapia esportiva abre um campo de trabalho muito considerável para toda a categoria. E destacou que a a partir de agora, com a especialidade reconhecida, é que a demanda por esses profissionais será atendida. “O reconhecimento da especialidade vai proporcionar a valorização, a expansão e a abrangência nacional da fisioterapia esportiva”, disse.
 
A diretora-secretária do Coffito, Dra. Francisca Rego, considera que a Sonafe vai desempenhar muito bem o trabalho de regulação junto aos profissionais e junto às outras entidades representativas. 

 

 
 
 
Agência Coffito
7 de novembro de 2007

RELAÇÕES TRABALHISTAS DA FISIOTERAPIA E DA TERAPIA OCUPACIONAL

          A jornada máxima de trabalho para profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais é de 30 horas semanais, conforme preceitua a Lei nº. 8856, de 1º de março de 1994.

      

          O piso salarial sugerido pela FENAFITO para os profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais é de R$ 3.214,22 (três mil, duzentos e quatorze reais e vinte e dois centavos), segundo pauta para negociação – 2007.

 

         O valor referente ao piso salarial é homologado pela Convenção Coletiva de Trabalho da categoria junto à DRT – Delegacia Regional do Trabalho. Para os Estados que não tenham sindicatos ou em que os sindicatos ainda estejam inativos, a FENAFITO tem como referencia salarial os valores que são estabelecidos pelas Convenções Coletivas do Estado de São Paulo, tendo em vista que, atualmente, é o Estado com o maior valor de referência em questão de piso salarial.

 

           Maiores informações a respeito das relações trabalhistas podem ser obtidas no site da FENAFITO: www.fenafito.org.br.

 

7 de novembro de 2007

RECONHECIMENTO DE DIPLOMAS NO EXTERIOR

          Informamos que todo país dispõe de legislação própria a respeito das questões educacionais. Deste modo, os profissionais estrangeiros devem adequar-se às leis dos países em que se encontram. Convém procurar os consulados brasileiros no exterior para obter informações sobre reconhecimento de diplomas e cursos de pós-graduação ou especialização.

 

 

 

 

 

7 de novembro de 2007

164ª Plenária: Coffito define participação na Conferência Nacional de Saúde

 
O avanço da participação da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional na 13ª Conferência Nacional de Saúde, e a definição de ações práticas de inserção das duas áreas de atuação de forma qualificada na saúde coletiva. Estas são as principais pautas da  164ª Reunião Plenária do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO – que ocorrerá nestes dias 7 e 8 de novembro, na sede do Conselho, em Brasília.
 
Serão deliberadas as ações e estratégias decorrentes do I Congresso Nacional da Fisioterapia na Saúde Coletiva – CONAFISC – que ocorreu no mês de agosto. A idéia do Conselho é dar andamento à estratégia de sensibilização dos profissionais, para importância da fisioterapia qualificada na saúde coletiva, assim como atingir os cursos de fisioterapia e os gestores.
 
Defesa do SUS
Na plenária, que começa a partir das 18h desta quarta (7), serão discutidas as articulações da 13ª Conferência Nacional de Saúde. O evento será realizado de 14 a 18/11, em Brasília. A categoria será representada pelo Coffito, pelos Crefitos, pela ABENFISIO e por outras entidades regionais, que estão sendo contactadas para participação no Encontro em defesa do SUS.
 
O encontro, promovido pelo Coffito, ocorre na tarde do dia 14/11, com o tema Saúde e Qualidade de Vida: Política de Estado e Desenvolvimento. “Vai ser uma oportunidade de articularmos estratégias para encaminhamentos e propostas já pactuadas  nos Fóruns de Políticas e no Conafisc, priorizando o enfoque de traçarmos ações que nos unam em prol da sociedade e do desenvolvimento do Brasil”, destacou o presidente do Coffito, José Euclides Poubel.
 
Fisioterapia Esportiva – Nova especialidade
Também está pautada para esta Plenária a deliberação da Resolução de reconhecimento da especialidade Esportiva. O presidente da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva – Sonafe – Eduardo Mederdrut, estará na reunião. Com a criação da especialidade, o Coffito inicia o processo de reconhecimento de novas especialidades, conforme deliberado no II Fórum de Políticas Profissionais da Fisioterapia, ocorrido em novembro de 2006.
 
6 de novembro de 2007

Hanseníase: Coffito será parceiro em programa do Ministério da Saúde

Uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional para divulgação de campanhas sobre a Hanseníase nos canais de comunicação do Coffito. Este foi o teor de uma solicitação do Ministério, enviada na última semana, ao presidente do Conselho, Dr. José Euclides Poubel.
 
A idéia da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério é informar os profissionais de saúde que atuam no setor sobre o Programa Nacional de Controle de Hanseníase – PNCH. De acordo com o documento, o Governo Federal está investindo na ampliação da assistência às pessoas com hanseníase, especialmente no que se refere à prevenção de incapacidades e deformidades e à reabilitação.
 
Brasil é o segundo em número de casos
Nos últimos cinco anos, o Brasil registrou uma média de 50 mil novos casos por ano. Deste total, 23 mil apresentaram incapacidades graus I e II. O Brasil é hoje o segundo país do mundo em número de casos e o responsável pela manutenção da endemia no Continente Americano.
 
O objetivo principal do Ministério é conquistar a parceria da sociedade, para garantir a prevenção e a identificação de diagnósticos precoces da doença, por meio de campanhas educativas e informativas. “Manter os profissionais atualizados sobre as novas políticas é a melhor maneira de tê-los na soma de esforços na luta contra esta situação epidemiológica”, esclarece o ofício.
 

O presidente do Coffito considera muito positiva a ação do Ministério da Saúde. “Certamente o Ministério poderá contar com o Conselho na divulgação das campanhas junto aos profissionais de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional. Essa parceria vai criar uma rede de informação e colaboração na busca por um país mais sadio”. 

6 de novembro de 2007

Grupo de Relatores sintetiza propostas para a 13ª Conferência Nacional de Saúde

As prioridades do país para a área de saúde que serão apresentadas na 13ª Conferência Nacional de Saúde foram finalizadas na última semana em Brasília, DF. Na quinta-feira. 1º, foi realizada a reunião da relatoria da Conferência.
A reunião teve como objetivo compilar as quase 5 mil propostas para a área de saúde, elencadas pelos estados nas etapas preparatórias da 13ª Conferência nos municípios e estados. As preparatórias foram realizadas entre os meses de abril e outubro deste ano. A reunião da relatoria contou com a participação de cerca de 60 pessoas, com um relator de cada estado e ainda 11 integrantes do Conselho Nacional de Saúde (CNS), entre eles Dra. Ana Cristhina de Oliveira Brasil, vice-presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – Coffito, e coordenadora das Comissões de Orçamento e Financiamento (Cofin) e de Praticas  Integrativas e Complementares no SUS do CNS, que ficou responsável pelo Eixo III parte 3, com mais três relatores de síntese representantes dos estados do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Sul.
Os participantes dividiram-se em nove subgrupos, de acordo com os três eixos temáticos da Conferência: os Desafios para a efetivação do direito humano à saúde no século XXI: Estado, sociedade e padrões de desenvolvimento; as Políticas públicas para a saúde e qualidade de
vida: o SUS na Seguridade Social e o Pacto pela Saúde; a participação da sociedade na efetivação do direito humano à saúde.
A organização do documento foi coordenada pelos três relatores indicados pelo CNS para esta função, os Conselheiros Nacionais: Gyselle Tanus, Armando Raggio e Ronald Santos. Gyselle Tanus, uma dos três relatores, ressalta a importância de temas como saúde e meio ambiente que foram colocados nas propostas pelos estados, assim como o debate dos moldes de gestão e a regulamentação da Emenda 29.
O relatório foi finalizado com 589 propostas, sendo aproximadamente 215 no primeiro eixo temático, 284 no segundo e 95 no terceiro.
Para Ronald Ferreira Santos o trabalho foi exaustivo, mas demonstrou afinidade entre as propostas apresentadas pelos Estados. Esta sintonia, segundo ele, fará com que o documento final seja a representação das necessidades reais do país para a área de saúde. Para ele isso irá garantir um debate qualificado durante a Conferência.

A vice-presidente do Coffito ressalta a importância desta etapa do trabalho " Realmente o trabalho da relatoria é de suma importância e de grande responsabilidade uma vez que a síntese de uma proposta que será submetida nas plenárias da 13ªCNS,  pode vir de inúmeras outras propostas estaduais, e o relator tem que zelar pela manutenção do mérito da proposição sem deixar de lado os elementos essenciais que formatam a nova proposta. A equipe trabalhou muito e com a plena consciência de manter a fidelidade quanto ao objeto central da proposição".

 
Agência Coffito
5 de novembro de 2007

Especial 1: Municípios têm participação recorde nas preparatórias da Conferência Nacional de Saúde

Brasília – A primeira vitória da 13ª Conferência Nacional de Saúde, que será realizada de 14 a 18 deste mês foi a participação recorde dos municípios nas conferências preparatórias para o encontro nacional. O resultado surpreendeu até mesmo os mais otimistas, como o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Francisco Júnior. Foram realizadas mais de 4.350 conferências municipais, em quase todos os municípios brasileiros, que são 5.562.

“Fomos positivamente surpreendidos com todas as expectativas sendo superadas, o que, para nós, mostra a capacidade de mobilização dos militantes do Sistema Único de Saúde (SUS), da população brasileira, em torno da sua maior conquista, que precisa ser realmente não somente preservada mas ampliada”, afirmou.

Foi a primeira vez, na história das conferências nacionais de saúde, que foram realizadas etapas municipais. Até a 12ª conferência, realizada há quatro anos, não havia esse tipo de participação. O governo entendia que muitos municípios tinham dificuldades para organizar as conferências, fossem de ordem técnica, financeira ou estrutural.

Francisco Júnior lembrou que, anteriormente, eram realizadas conferências regionais, que congregavam vários municípios de determinada região. Segundo ele, outro fato importante em relação às conferências municipais deste ano foi que estados que historicamente têm dificuldades para promover conferências, como o Amazonas, por exemplo, conseguiram realizar quase todas as conferências municipais. O Acre, o Amapá e o Pará tiveram o mesmo resultado.

De acordo com o secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Antônio Alves, a participação dos  municípios foi de 79,3%. “Isso é uma vitória, considerando que a realização da etapa municipal não é obrigatória.” Segundo Alves, além dos conselhos de saúde estarem mais organizados do que há quatro anos, os gestores municipais têm mais consciência da importância da participação da sociedade na definição dos rumos do SUS, criado em 1988. “É uma maior conscientização, uma consciência sanitária mais aprofundada por parte dos brasileiros e brasileiras”, explicou.

Segundo cálculos da representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) no Conselho Nacional de Saúde, Maria do Socorro, a participação dos municípios rurais com menos de 50 mil habitantes também contribuiu para o aumento da participação dos municípios nas pré-conferências. “Essa foi uma das conferências que mais mobilizaram no país. O local está se mobilizando em torno da sua realidade e trazendo o debate acumulado para o âmbito nacional. Então é um dos anos que mais se mobiliza e mais se realizam conferências no país”.

Fote: Agência Brasil

5 de novembro de 2007

Especial 4: Conferência nacional avaliará criação de fundações estatais no setor de saúde

Brasília – A gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) foi um tema presente nos debates em quase todas as conferências estaduais de saúde. O governo federal enviou em julho ao Congresso Nacional o projeto de lei que propõe a criação da fundação estatal, figura jurídica prevista na Constituição de 1988, mas que nunca foi regulamentada. O tema voltará ao debate na conferência nacional, de 14 a 18 deste mês, em Brasília.

Com as fundações estatais, os hospitais poderão adotar um movo modelo de organização administrativa, que permite a contratação de profissionais pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Para o presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Francisco Batista Júnior, a proposta das fundações estatais, em vez de ajudar a resolver os problemas do SUS, poderá “aprofundar” problemas graves no sistema. Batista Júnior disse a maioria dos estados é contra a proposta da fundação estatal.

Segundo ele, o Conselho Nacional de Saúde está elaborando um documento, que será distribuído em todo o país, explicando sua posição diante da proposta e, mais ainda, dizendo como se desenvolve o processo. Batista Júnior disse que o objetivo é mostrar às pessoas que o conselho "não somente está inserido com responsabilidade nesse processo, mas tem muita contribuição a dar na perspectiva da superação das dificuldades de gestão que nós temos”.

O representante do governo no conselho, Antônio Alves, lembrou que os delegados representantes dos governos federal, estaduais e municipais já se manifestaram a favor da proposta de criação das fundações estatais. Alves disse que o governo está preparado para possíveis retaliações durante a 13ª Conferência Nacional de Saúde. “Será uma conferência de debates, respeitosa, solidária na perspectiva da construção coletiva, da manifestação livre do pensamento, mas principalmente do respeito às divergências e diferenças, isso é que é a maior força da democracia brasileira”, afirmou.

O representante dos secretários estaduais de Saúde, Armando Raggio, destacou que, para os gestores, a criação das fundações pode ser uma solução para a administração do SUS, desde que não retire o controle estatal do sistema de saúde. "Em certos lugares e em certos serviços, uma fundação estatal pode contribuir, até porque não há mais tantos prestadores privados interessados em prestar serviços ao SUS”, disse Raggio.

A representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Maria do Socorro, que representa os trabalhadores rurais, é contra a criação das fundações estatais no setor de saúde. Segundo ela, o Estado deve continuar sendo o grande provedor das políticas de saúde, e não o setor privado. “O governo tem feito esse debate a nível de Executivo e não tem dialogado da forma que deveria dialogar com o Conselho Nacional de Saúde e com outros setores da sociedade.”

Para o presidente do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde, Helvécio Miranda, a discussão politizada sobre as fundações estatais não contribuirá para a melhoria do Sistema Único de Saúde. Ele afirmou que os secretários municipais de Saúde são favoráveis à proposta, desde que seja adotada dentro dos princípios do SUS.

Fonte: Agência Brasil