19 de maio de 2007

PAN 2007: atletas contarão com equipe especial de fisioterapeutas

Os XV Jogos Pan-Americanos Rio 2007 contarão com o apoio de profissionais de fisioterapia durante o período das competições, que ocorrem em julho. Uma policlínica será instalada na Vila Pan-americana, além de centros médicos em todas as arenas de competição. Cerca de 1.200 profissionais da área de saúde – médicos, paramédicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros – vão atuar nos jogos, para atender mais de cinco mil atletas de 42 países.

De acordo com Henrique Jatobá, chefe da fisioterapia do Comitê Organizador dos jogos, 18 fisioterapeutas brasileiros atuarão no PAN. A equipe médica dos jogos ficou definida após a realização do Pan Am Med 2007, congresso médico realizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro, ocorrido de 3 a 5 de maio.

A assessoria de comunicação do Coffito conversou com o fisioterapeuta paranaense Alexandre Nowotny, especialista em fisioterapia desportiva. Ele participou dos Pan-americanos de 2003, em Santo Domingo , na República Dominicana. Durante o congresso médico, Nowotny apresentou uma palestra sobre lesões e tendinopatias no esporte.

Nowotny conta que a experiência no PAN de Santo Domingo foi muito importante, e que o fisioterapeuta é exigido em todo o seu conhecimento, experiência e dedicação para atender os atletas brasileiros em todas as necessidades funcionais. "Temos que resolver as disfunções o mais breve possível, e para isso utilizar diversas técnicas fisioterápicas conforme o momento", disse.

De acordo com ele, os profissionais de fisioterapia acompanham a delegação brasileira desde a década de 80, mas somente a partir da década passada se ouve falar em fisioterapia ligada ao esporte. "Ouvimos falar da fisioterapia esportiva desde a década passada devido às lesões do Romário e do Ronaldo Fenômeno".

Questionado sobre o que é mais complicado no atendimento a atletas em plena atividade, Alexandre afirma que o tempo de restabelecimento é pequeno, principalmente em competição. "A volta do atleta geralmente deve ser rápida e, às vezes não condiz com o tempo hábil para isso".

Ele ressalta que a prevenção é muito útil, e deve ser executada mesmo nos períodos de competição. "A prevenção deve ser feita por estimulação sensório-motora, equilíbrio muscular e correção de disfunções mínimas, além de orientações como protetores articulares, bandagens e repouso", disse.

De olho no mercado – A respeito da expansão da fisioterapia desportiva no mercado brasileiro, Nowotny pondera que este ainda seja um campo difícil. "Não temos muitas instituições e clubes voltados para esta área, a não ser nas grandes capitais". Ele avalia que a visibilidade da fisioterapia desportiva ainda seja maior nos grandes clubes de futebol, que possuem setores de fisioterapia "muito bem equipados e com fisioterapeutas competentes". "O próprio Comitê Olímpico Brasileiro preza pela presença constante de fisioterapeutas em competições internacionais", destaca Alexandre.

Valorização profissional – Alexandre acredita que a realização de um evento esportivo de alto nível no Brasil possa trazer mais visibilidade e valorização para os profissionais da fisioterapia desportiva. "É uma grande oportunidade para a fisioterapia nacional, embora seja melhor que os atletas não se lesem, pois isso compromete o desempenho do nosso país". Ele ressalta que a fisioterapia atua para oferecer total condição dos atletas se apresentarem bem.

No mês de junho, a Revista do Coffito traz uma reportagem especial sobre a atuação dos fisioterapeutas no PAN do Rio de Janeiro. Confira.

Agência Coffito