18 de julho de 2007

Oficina de TO no Congresso da Abrasco

Eqüidade, Ética e Direto à Saúde: Formação e Ação da Terapia Ocupacional”. Essa foi a temática da Oficina de Terapia Ocupacional, realizada durante o Congresso da ABRASCO, em Salvador, na Bahia, no último sábado (14).  Segundo os participantes, os primeiros resultados já mostram o empenho dos profissionais em reafirmarem o novo momento na história dessa categoria, hoje considerada serviço essencial à saúde integral da população brasileira.
 
A oficina contou com a participação da vice-presidente do Coffito, Dr.ª Ana Cristhina Brasil, que fez a abertura dos trabalhos juntamente com o Dr. José Roberto Borges dos Santos, presidente do Crefito 7. O assessor técnico do Coffito, Dr. Denílson Magalhães, coordenou a realização da oficina e os trabalhos em grupo foram conduzidos pela Dr.ª Fátima Oliver (USP) e Dr.ª Tânia Hirochi (UFMG).
 
De acordo com os organizadores, a Oficina teve o objetivo de reunir profissionais de Terapia Ocupacional vinculados à assistência, gestão de serviços de saúde, ensino e pesquisa em Terapia Ocupacional para contribuir com um diagnóstico de necessidades de atenção em saúde às populações com as quais a Terapia Ocupacional tem trabalhado e, dessa forma, implementar ações e programas no âmbito da saúde coletiva e do Sistema Único de Saúde.
 
OBJETIVOS
 
O principal eixo dos debates empreendidos na Oficina foi a discussão sobre eqüidade, ética e direito à saúde.
 
Foram objetivos específicos dessa oficina:
 
· Identificar/mapear/caracterizar as ações da Terapia Ocupacional na construção da equidade, ética e direito a saúde;
 
· Discutir a formação permanente do Terapeuta Ocupacional para a atuação no Sistema Único de Saúde – SUS;
 
· Sensibilizar e envolver os participantes na realização da pesquisa “Projeto Coletivo de Cooperação Técnica da Rede Nacional de Ensino de Terapia Ocupacional com o Ministério da Saúde”
 
 
 
Dos 68 inscritos, participaram efetivamente 56 profissionais dos estados da Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Rio Grande do Sul e Alagoas. Também estiveram presentes os representantes do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – Coffito; dos Conselhos Regionais 1ª. Região (RN, PB, PE e AL); 2ª. Região (RJ e ES); 3ª. Região (SP); 5ª. Região (RS); 6ª. Região (Ce e PI); 7ª. Região (BA e SE); 9ª Região (AC, RO, MT e MS) e 10ª Região (SC) e 11º Região (DF e GO); das Associações Regionais de Terapia Ocupacional dos estados da Bahia, Minas Gerais, Pernambuco e ABRATO, representada pela ATOMG; da Rede Nacional de Ensino de Terapia Ocupacional – RENETO e dos Cursos de Terapia Ocupacional da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública na Bahia; da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais; das Universidades Federais de Pernambuco e de Minas Gerais; da Universidade Potiguar; do Centro Universitário de Araraquara -São Paulo; Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas e Universidade de São Paulo.
 
Outra presença registrada foi a de profissionais vinculados a serviços como Centros de Atenção Psicossocial – CAPS, Hospitais Gerais e de Especialidades, Secretaria Estadual de Saúde da Bahia e do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e de Salvador.
 
 
SAÚDE PÚBLICA
 
Os trabalhos tiveram início com a Conferência proferida pelo Prof. Dr. Luiz Odorico Monteiro de Andrade, que é ex-presidente do CONASS, precursor do Saúde da Família e atualmente Secretário Municipal de Saúde de Fortaleza/CE. Dr. Odorico apresentou um panorama da constituição do campo da saúde pública e da saúde coletiva, além da constituição do Sistema Único de Saúde, tendo como eixo de análise a defesa da Eqüidade, Ética e Direito à Saúde, tema de sua conferencia.
 
Ele apresentou ainda o seu ponto de vista sobre a importância do Programa de Saúde da Família como estratégia de implantação da atenção básica no país e sua proposta de criação de um sistema nacional de formação para SUS. Sua intervenção foi pautada no detalhamento das experiências locais assistenciais e de formação como a residência em Saúde da Família, que desenvolveu para médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas entre outros profissionais. Esse modelo de formação estaria baseado na necessidade de construção de estratégias de cuidado interdisciplinares, tendo em vista a complexidade do processo saúde-doença e dos agravos à saúde das populações no país.
 
“Certamente que esse processo de construção coletiva e participativa implementado pelo Coffito trará no relatório final dessa Oficina propostas de consolidação e fortalecimento do papel essencial da Terapia Ocupacional na saúde coletiva, com enfoque na eqüidade, na ética e no direito à saúde, e contribuirá para a formação e ação do Terapeuta Ocupacional na consolidação da política de atenção integral à saúde da população brasileira”.
 
 
Agência Coffito com informações da Assessoria Técnica (Dr. Denílson Magalhães)