19 de julho de 2007

Confira o especial do Portal G1 sobre Terapia Ocupacional

Foto Destaque: Sessão de terapia ocupacional (Foto: Eliana Assumpção/ Unesp)

 

Cursos de T.O. se concentram nas instituições particulares

Segundo dados do MEC de 2005, são 46 cursos no país. Destes, quatro são federais, cinco estaduais e 37 particulares.
Fernanda Bassette Do G1, em São Paulo
 
 
A maioria dos cursos de terapia ocupacional ainda é oferecida em instituições de ensino superior particulares. Dados de 2005 do Ministério da Educação (MEC) apontam que dos 46 cursos que são ofertados no país quatro são federais, cinco estaduais e 37 particulares.

  

Foto: Divulgação

  Unifesp
Terapeutas ocupacionais no hospital (Foto: Stela Murgel/Unifesp)

 

 

Com base nesses dados, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) quer tentar mostrar para os reitores das universidades públicas que é preciso abrir novos cursos de terapia ocupacional no país, especialmente fora do eixo Rio-São Paulo. "A região Sudeste concentra a maioria dos cursos porque tem mais escolas, inclusive concentra os cursos de escolas públicas", disse José Euclides Poubel e Silva, presidente do conselho.

Segundo Silva, uma das maneiras de "convencer" os reitores de instituições públicas a abrir novos cursos de terapia é fazer palestras e trabalhos de orientação nas universidades. Há um ano e meio ele e representantes do conselho fazem visitas às instituições.

"Fazemos um trabalho de orientação e sensibilização de reitores. Apresentamos um modelo de projeto pedagógico para as universidades e explicamos que forneceremos todo o apoio técnico necessário. O Coffito já fez vários contatos e a minha expectativa é que 11 novos cursos em universidades públicas sejam aprovados em breve", afirmou Silva, que ainda não pôde dizer quais seriam essas universidades.

Mercado de trabalho

Embora a carreira de terapia ocupacional esteja em expansão e existam várias áreas de atuação, o recém-formado poderá enfrentar algumas dificuldades para conseguir se inserir no mercado de trabalho rapidamente e com um bom salário. Segundo os especialistas ouvidos pelo G1, isso acontece porque a carreira ainda é pouco conhecida e não há um piso salarial nacional definido para a categoria.

Segundo o presidente do conselho, o Brasil possui cerca de 8.500 terapeutas ocupacionais registrados na entidade – requisito obrigatório para que ele possa exercer a função. E não há piso salarial nacional. "Cada conselho faz acordos com os sindicatos regionais. Mas a média salarial é de R$ 1.100 por 30 horas semanais de trabalho. Infelizmente ainda não pagam muito bem pelo trabalho", disse.

As principais áreas de atuação do terapeuta ocupacional são: hospitais gerais, clínicas e consultórios, centros de saúde, centros de reabilitação, instituições geriátricas (como casas de repouso ou asilos), empresas privadas e também atuar como professor.

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Fonte: www.g1.com.br