17 de agosto de 2007

Especial II Fórum: promoção e prevenção

A tarde do dia 14 teve como tema o painel “Atenção à saúde nos ciclos de vida: promoção e prevenção”. O Secretário Estadual de Saúde de Sergipe, Rogério Carvalho Santos, criticou a participação dos estados no setor de saúde. Segundo ele, o SUS funciona satisfatoriamente porque a União e os municípios cumprem de forma organizada suas atribuições constitucionais, mas os estados "são os grandes devedores da reforma sanitária". O secretário fez um apelo: “Devemos romper com a cultura da indigência”. De acordo com ele, o maior problema da saúde atualmente no Brasil está nos estados, que são um zero no Sistema Único de Saúde.

“O SUS é visto como um sistema de saúde para cuidar dos pobres e não de toda a população e é essa cultura que deve ser mudada para que todos usufruam de maneira igual à saúde no país”, disse. Para ele, garantir que isso aconteça depende de espaços coletivos que promovam a saúde e a vida, reconstruindo uma matriz para que as comunidades se voltem às necessidades de todos, garantindo um novo processo civilizatório. Carvalho defendeu as fundações públicas de direito privado na atenção à saúde.
SUS: sistema revolucionário

Segundo Deputado Geraldo Thadeu, o SUS é um sistema revolucionário que veio para modificar todo sistema de saúde do país, e vem apresentando avanço em várias áreas, como por exemplo, declínio da mortalidade infantil e melhoria da qualidade de vida da 3ª idade, além de garantir tratamento para portadores de hepatites crônicas.

“A saúde realiza muito com muito pouco. Mas acreditamos no SUS, na possibilidade de tratar a todos com integralidade justa, de acordo com o previsto na Constituição”. Porém, sem financiamento, vamos fracassar, reforçou.

A Dra. Andréa Bonamigo, fonoaudióloga, representante do Conselho Federal de Fonoaudiologia, falou na importância da saúde em todos os ciclos de vida, desde a infância até a maturidade. Ela disse que conhecer as necessidades das pessoas em todos esses ciclos é função do profissional da saúde. “A comunicação com o paciente possibilita o conhecimento dos hábitos dele, e essa é a melhor forma de abrandar o sofrimento e suas dúvidas. A Comunicação é um meio integrador”, destacou. Ela ressaltou também a necessidade de referenciar o trato público e privado para que exista uma ação comprometida com a saúde e com o próprio paciente.

Agência Coffito com informações Agência Câmara