29 de agosto de 2007

29 de agosto: Dia Nacional de Combate ao Fumo


Existe maneira mais fácil de se proteger do cigarro

O Brasil vem alcançando resultados significativos na luta contra o tabaco. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 1989, 32% da população brasileira com mais de 15 anos de idade fumavam. Hoje esse percentual é de 19%. Nesta quarta-feira (29), no Dia Nacional de Combate ao Fumo, o país comemora essa mudança de comportamento e relembra os perigos do cigarro.

Desde 1986, a data marca a luta contra o vício que provoca cerca de 200 mil mortes por ano no Brasil. Desta vez, o dia servirá de alerta para o fato de que mesmo as pessoas que não fumam, mas que são expostas à fumaça do cigarro, correm mais risco de contrair doenças relacionadas ao tabaco. O tema deste ano é “Ambientes Livres de Tabaco”.

De acordo com o gerente de Produtos Derivados do Tabaco da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Humberto Coelho Martins, também é preciso sensibilizar os jovens para que eles não iniciem o uso de tabaco. “É preciso chamar a atenção para a situação devastadora provocada pelo fumo: 50% dos fumantes morrerão em decorrência de doenças relacionadas ao fumo”, revela Martins.

Nesse sentido, a Anvisa, juntamente com o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer, realizou cinco grandes encontros regionais no último ano. Os encontros capacitaram técnicos das vigilâncias sanitárias estaduais e municipais na fiscalização do uso indevido de tabaco em ambientes fechados. A Agência também atualizou a cartilha “A Anvisa na Redução do Tabagismo(PDF), produzida para auxiliar os serviços de saúde e vigilâncias sanitárias no combate ao fumo. O material reúne a legislação brasileira de controle do tabaco e está sendo relançado neste mês.

Alerta

Outra iniciativa da Anvisa foi a elaboração, em conjunto com a Pastoral da Criança, de mensagens de rádio que alertam para os riscos do tabagismo. O material foi divulgado por rádios comunitárias de todo o Brasil. Os programas enfatizam, por exemplo, o risco do cigarro durante a gravidez e o perigo de se fumar perto das crianças, além de falar sobre o fumo passivo.

A Anvisa atua no Programa de Controle do Tabagismo por meio de sua competência de regulação. Entre as iniciativas estão a fiscalização das embalagens de cigarro, a obrigatoriedade de imagens e frases de advertência e a proibição de alimentos que simulem derivados do tabaco.

Risco à vida

De acordo com o estudo de 2006 do American Heart Association (Sociedade Americana do Coração), a exposição constante à fumaça do tabaco aumenta em cerca de duas vezes o risco de infarto do miocárdio, o músculo do coração. Já o Instituto Nacional do Câncer aponta que o fumante passivo tem 30% a mais de chances de desenvolver câncer do que uma pessoa que não tem contato algum com a fumaça. Isso acontece porque, apesar de não fumar, o fumante passivo acaba respirando a fumaça do cigarro por conviver com fumantes.

Tanto a fumaça produzida pela ponta do cigarro aceso quanto aquela provocada pelas tragadas carregam grandes quantidade de substâncias tóxicas como benzeno, monóxido de carbono e nicotina.

Serviço

O Sistema Único de Saúde oferece tratamento para as pessoas que desejam abandonar o cigarro. Uma das iniciativas é a oferta de medicamentos, como adesivos de nicotina e goma de mascar, que ajudam a controlar a ansiedade por fumar. Para saber mais, procure uma unidade de saúde ou ligue para o Disque Saúde 0800 61 1997.

Informação: Ascom/Assessoria de Imprensa da Anvisa