29 de agosto de 2007

Pesquisa mostra elevado número de fumantes entre universitários da área de saúde

Rio de Janeiro – O número de fumantes entre universitários da área da saúde é alto. É o que revelam dados preliminares de uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), divulgada hoje (29), Dia Nacional de Combate ao Fumo. Ao todo, foram ouvidos 3.189 alunos de medicina, enfermagem, odontologia e farmácia das cidades de Campo Grande, Florianópolis, João Pessoa e Rio de Janeiro.

O maior número de fumantes, mais de 21%, foi encontrado entre alunos do curso de odontologia de Campo Grande, e o menor, 4%, também entre estudantes de odontologia, em Florianópolis. No Rio de Janeiro, por exemplo, mais de 16% dos alunos de medicina disseram que fumam. A média nacional de fumantes acima dos 15 anos é de 18%.

Para a coordenadora da pesquisa, Liz Maria de Almeida, os dados são significativos, já que esses estudantes serão os futuros profissionais de saúde e formadores de opinião. “Não existe ainda, em nível curricular, uma ênfase maior na questão do papel desse estudante como um profissional que pode prevenir o início do uso ou colocar algum paciente que esteja fazendo o uso do tabaco em tratamento".

A pesquisa também aponta desconhecimento sobre a legislação que proíbe o fumo em ambientes fechados. Para a metade dos entrevistados, não é proibido fumar em discotecas e casas de shows. Em bares e botequins, a idéia de que fumar é permitido aumenta. Apenas 2% dos estudantes de enfermagem de Florianópolis sabem que não é permitido fumar nesses locais.

Para marcar o Dia Nacional de Combate ao Fumo, o Inca também apresentou um projeto voltado para rádios comunitárias. É uma série com 40 programas sobre combate e prevenção de vários tipos de câncer. Eles serão distribuídos  gratuitamente para 50 rádios comunitárias de todo o país. O lançamento foi na Rádio Saara, que leva informações ao maior mercado popular do Rio de Janeiro.

“O grande objetivo desse projeto é fazer chegar ao cidadão a informação correta sobre como se prevenir de um câncer ou as formas de recorrer a um serviço de saúde diante do aparecimento da doença”, disse o diretor do Inca, Luiz Antônio Santini.

Os programas também podem ser baixados nos sites www.inca.gov.br ou www.saude.gov.br

Agëncia Brasil