8 de dezembro de 2007

Ministério da Saúde vai contratar 5 mil

Novos concursados vão substituir funcionários terceirizados e os admitidos por intermédio de organismos internacionais

 

Zuleika de Souza/CB – 11/6/07
Centros de triagem desafogarão emergências dos hospitais
 

O Ministério da saúde (MS) deve contratar cerca de 5 mil servidores até 2011. Há 20 anos o MS não realiza concurso público para a administração central. Ao todo, serão investidos R$ 967,6 milhões na contratação, que deve começar em julho de 2008. As vagas são para os cargos de agentes administrativos (ensino médio), gestão de saúde e auditores federais do SUS (ensino superior). Os salários ainda não foram determinados.

Atualmente, trabalham no órgão 10,4 mil servidores, 3.638 deles contratados por organismos internacionais e terceirizados, que devem ser substituídos. O cargo de auditor do SUS é novo e atende à reestruturação da força de trabalho do Departamento de Auditoria do MS e do Sistema Nacional de Auditorias, que avalia técnica e financeiramente o sistema.

Até 2012, o MS prevê que 1.961 funcionários irão se aposentar, o equivalente a 29% da força de trabalho da sede e dos núcleos estaduais. Os aprovados vão atuar na sede do ministério e em suas unidades regionais.

Mais saúde
As contratações são parte do programa Mais saúde, anunciado esta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da saúde, José Gomes Temporão. A ação deve consumir R$ 88,6 bilhões nos próximos quatro anos, R$ 64,6 milhões do Plano Plurianual e R$ 24 milhões da CPMF.

Algumas das metas são ampliar a cobertura de 47% para 70% do Programa saúde da Família, adquirir mais 4,1 mil ambulâncias para atendimento do SAMU, fornecer 1,6 milhão de óculos pelo programa Olhar Brasil e ampliar o número de agentes de saúde.

O orçamento prevê R$ 950,3 milhões destinados ao Distrito Federal. Na Região Centro-Oeste o total é de R$ 5,2 bilhões, o equivalente a R$ 1,3 bilhão por ano. Dentre as propostas está a criação de 22 novos complexos reguladores que vão realizar a triagem dos pacientes a fim de não superlotar as unidades de emergência dos hospitais.

Com o lançamento do programa foi anunciado também pelo ministro Temporão a perspectiva de reajuste dos valores pagos de acordo com a tabela de procedimentos do SUS. Fazem parte das metas levar o atendimento do saúde da Família a 26 milhões de estudantes e implementar políticas para populações específicas (mulheres, idosos, crianças e homens), além da ampliação da estrutura de atendimento.

Fonte: Correio Braziliense

 


Letícia Nobre
Da equipe do Correio