17 de janeiro de 2008

Estudo promete analgésico potente sem efeito colateral

Um "filtro" para barrar a dor crônica, instalado na medula espinhal de roedores, mostrou que pode ter resultados positivos, afirma estudo publicado hoje na revista "Nature". O método, desenvolvido por cientistas suíços, faz uso de uma molécula capaz de barrar os estímulos da dor crônica enviados via medula para o cérebro.

A mesma substância, porém, não impede que as mensagens dolorosas normais que alertam o cérebro sobre algum perigo real, como uma queimadura, por exemplo, sejam transmitidas aos seus receptores.

"O objetivo inicial era testar a molécula contra a dor crônica, mas isso poderá ser usado, no futuro, no desenvolvimento de novas drogas", disse Hanns Zeilhofer, da Universidade de Zurique.

Segundo autor do estudo, a grande vantagem dessa molécula filtradora é que ela não causa efeito colateral, como ocorre com os medicamentos comerciais de hoje. "Analgésicos normais, como a aspirina, podem causar úlceras estomacais, enquanto a morfina faz o paciente dormir e é viciante."

Fonte: Reuters