27 de fevereiro de 2008

Tecnologia une universidades e saúde em regiões remotas

Você já imaginou que, no meio da floresta amazônica, profissionais de saúde podem receber orientação de centros de excelência em saúde ao atender um paciente? Ou uma equipe do Saúde da Família, a mais de 100 quilômetros distante de uma metrópole, pode ser treinada por universidades federais? A tecnologia está permitindo que isso vire realidade na rede pública de saúde. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, utilizará nesta quinta-feira (28) essa ferramenta em aula magna na Universidade Federal de Minas Gerais. 

O Telessaúde já foi implementado nos estados do Amazonas, Ceará, Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, somando 343 pontos ativos desde o início de sua implementação em 2007. Ao todo, serão 900 pontos em todos os estados e no Distrito Federal. O plano alia instrumentos de ensino e comunicação à distância, para integrar universidades e unidades básicas da rede pública. 

Participam do programa 9 universidades públicas: as universidade federais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e  Amazonas, além da Universidade Estadual do Rio de Janeiro e USP (Universidade de São Paulo).

"Com o instrumento, ganha a população localizada nos pontos mais distantes, pois tem acesso a diagnósticos que seriam possíveis apenas nos grandes centros urbanos. Também os profissionais, que mantêm a sua educação continuada e a proximidade com os centros de excelência do país. Finalmente, o país, porque ajuda a fixar recursos humanos em saúde em regiões carentes deste tipo de profissionais", afirma Temporão. 

No país, existem, em estabelecimentos de saúde, 870 mil profissionais com formação superior (IBGE-2006), sendo metade deles localizados no Sudeste e 4,5% deles na região Norte.

Capacitação
Para Francisco Campos, secretário de Gestão do Trabalho, uma das ações fundamentais do Telessaúde será a capacitação das equipes de Saúde da Família. As mais de 27 mil equipes estão distribuídas em 5.124 cidades.
Segundo o secretário, as seguintes ações devem ocorrer: 

> segunda opinião educacional possibilitando às  equipes de saúde da família terem acesso a orientações profissionais especializadas para solução dos problemas de saúde, sem a necessidade de deslocamento para tratamento fora de domicílio;

> criação de uma central educacional usando teleducação interativa, com materiais elaborados por universidades brasilieras; 

> criação de uma biblioteca virtual de atenção básica, que ajudará os profissionais destas equipes a terem acesso às mais atualizadas informações científicas da área;

> acesso dos profissionais de saúde da família a recursos audiovisuais de fácil compreensão e geração saúde, para que possam motivar a população a se comprometerem com a melhoria da qualidade de vida da sua comunidade;

> criação de uma comunidade virtual para o compartilhamento de experiências entre as instituições e os profissionais das diversas regiões do país envolvidos no programa;

> agilizar a tomada de decisão por meio da integração dos pontos de saúde da família, com as universidades e hospitais universitários de referência; e

> incentivar a multiprofissionalidade, com a integração das profissões envolvidas na atenção básica: médicos, odontólogos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde, técnicos e entre outros.

Informe-se sobre o ‘MAIS SAÚDE’ acessando o hotsite do programa. Clique aqui

Fonte: Ministério da Saúde

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