4 de março de 2008

Temporão recebe portadores de doenças degenerativas em apoio à pesquisa com células-tronco

Representantes de movimentos que apóiam as pesquisas com células-tronco entregaram, hoje (04/03), ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, um documento em que externam seus argumentos sobre a questão, que será julgada nesta quarta-feira (05/02) pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). No encontro, Temporão afirmou que a pesquisas com células tronco "são o encontro da esperança com a ciência, sendo fundamental a luta em favor da continuidade dessas pesquisas".

Para o ministro, a aprovação das pesquisas é do interesse, em primeiro lugar, dos pacientes portadores de doenças degenerativas para as quais ainda não há cura e, em segundo lugar, do conjunto de instituições e pesquisadores que são financiados com recursos públicos.

Na ocasião, Temporão anunciou que o Ministério da Saúde já investiu, em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia, mais de R$ 24 milhões em pesquisas sobre terapia celular e que pretende formar a Rede Nacional de Terapia Celular.

A representante das ONGs, Gabriela Costa, portadora de distrofia muscular e coordenadora do Movimento em Prol da Vida (Movitae), de Brasília, agradeceu o apoio do ministro e disse acreditar que o Brasil pode estar na vanguarda da ciência com a aprovação das pesquisas pelo STF e os investimentos do Ministério da Saúde.

"O investimento na formação dos pesquisadores põe o Brasil em condições de igualdade com os países desenvolvidos e reduz a dependência do país de tecnologias produzidas no exterior", lembrou o ministro, ressaltando o caráter estratégico da aprovação das pesquisas com células-tronco pelo STF.

Sobre a oposição da Igreja Católica, Temporão disse que não é uma questão de fé, mas de ciência. "Não acho que uma religião possa impor seus conceitos que não são consensuais", acrescentou.

O documento entregue ao ministro inclui o resultado de uma pesquisa encomendada ao Ibope pela ONG Católicas pelo Direito de Decidir. O levantamento constatou que "para 95% dos entrevistados o apoio às pesquisas é uma atitude de em defesa da vida". Na segmentação por religião, 95% dos católicos e 94% dos evangélicos também são favoráveis.

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