14 de abril de 2008

É chegada a hora!

A demonstração de grandes conflitos entre os diversos dirigentes do Sistema Coffito/Crefito’s retrata muito bem a necessidade urgente de uma grande reforma política, legal e de resgate das tradições das profissões representadas, visando à participação coletiva na eleição do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

O processo eleitoral para renovação dos cargos no Coffito, que se avizinha, pode ser evidência de uma grave situação de vontades diversas envolvendo líderes de profissões que precisam ser cuidadas, e não disputadas.

Disputa por cargos é natural na sociedade, mas limites éticos devem ser estabelecidos e perseguidos por todos que, direta ou indiretamente, possuem interesses no bom funcionamento do órgão que precisa ser, mais do que respeitado, muito bem conduzido.

A administração do Coffito deve ser, por princípios e práticas, muito bem conduzida. As mulheres e os homens que representaram este órgão deixaram um legado de muito amor e respeito pela entidade máxima que prima por princípios transcendentais na organização profissional da Terapia Ocupacional e da Fisioterapia. Os pretendentes aos cargos, em suas consciências, devem analisar todos os movimentos de outrora e perseguir a pacificação de qualquer situação que se apresentar no processo eleitoral em questão. Não se admite busca de cargos por meios não-próprios. Eleição se decide no voto.

O voto, demonstração de vontade na escolha de pessoas para assumirem cargos tão especiais, deve ser valorizado na proporção devida e necessária.

Valorizar o voto para o Coffito é exercitar a participação coletiva na análise de propostas, discussão e escolha por parte de todos os conselheiros de cada regional. O voto ao Coffito é representativo, e por isso se reveste de responsabilidade ainda maior. Este tipo de voto deve refletir a vontade dos profissionais organizados, representados pelos conselheiros regionais. Este assunto, voto aberto e transparente, já foi debatido por profissionais em listas de discussão e deve vir à tona neste momento. Eleição é demonstração de vontade, portanto não pode ser abafada por individualismos. O delegado eleitor não detém a escolha, e sim a condução do voto tirado dos conselheiros regionais, essência do voto representativo.

Já é chegada a hora do respeito à vontade coletiva. Vontade das organizações dos profissionais, dos sindicatos e das associações, por exemplo, que precisam participar cada vez mais dos rumos da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional. O Coffito e seus regionais não podem ter suas administrações em caminhos contrários aos demais sistemas de organização profissional.

A construção e condução coletiva das estratégias de avanço profissional com atitudes éticas e profundo interesse coletivo deve ser o alvo dos eventuais candidatos e, para isso, deve-se estabelecer alguns parâmetros incontestáveis de análise das pessoas que se propõem a dirigir um órgão de tamanha importância e de valor superior a nomes, regionalismos e outras tantas características menores.

Todo profissional fisioterapeuta e terapeuta ocupacional deve participar deste momento eleitoral, influenciando positivamente nos rumos de sua própria profissão.

 
José Euclides Poubel e Silva

Presidente Coffito