9 de abril de 2008

XXIV Congresso Nacional das Secretarias Municipais de Saúde – Terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas marcam presença

Na Semana em que se comemora o Dia Mundial da Saúde e os vinte anos do SUS, a capital paraense – Belém – é presenteada com dois grandes eventos. Secretários e secretárias municipais e gestores de todo o Brasil estão reunidos para o XXIV Congresso Nacional das Secretarias Municipais de Saúde e para o V Congresso de Saúde, Cultura de Paz e Não-violência, que ocorrem de ontem, 8/4 a sexta-feira, 11.  

Trata-se de mais um espaço de mobilização, discussão e troca de experiências, que tem por objetivo principal aprofundar questões sobre as políticas de saúde pública, visando o aperfeiçoamento e os avanços do Sistema Único de Saúde – SUS.
 
O sistema Coffito/Crefito’s está presente no XXIV Congresso desde a segunda-feira, 7, quando foi realizado o II Encontro em Defesa Sus, organizado pelo Coffito em parceria com o Crefito 12.
A tarde foi marcada por discussões e articulações com entidades parceiras e profissionais fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que estão trabalhando de forma integrada no decorrer do congresso. Foram esclarecidas as propostas de atuação das categorias e traçadas estratégias de intervenção dos voluntários. De acordo com Lukas Darien, assessor técnico do Coffito, esse primeiro momento foi fundamental para a interação e orientação do grupo.
Na manhã desta quarta, 9, a Dra. Ana Cristhina de Oliveira Brasil, vice-presidente do Coffito, participou da oficina de trabalho “Economia da saúde e financiamento do SUS – política de financiamento/Práticas redistributivas nas alocações e transferências” representando o Conselho Nacional de Saúde.
       
Tenda de atendimentos
O espaço de atividades do Sistema Coffito/Crefito’s, já conhecido nos eventos de destaque na saúde brasileira, começou a funcionar na terça, 8, com intervenções de quiropraxia, osteopatia, terapia manual e pilates, realizados por fisioterapeutas, e relaxamentos, testes de estresse, testes de memória e orientações ergonômicas, por terapeutas ocupacionais, bem como os atendimentos com acupuntura realizados por profissionais das duas categorias.
E a atuação de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais vai além dos atendimentos. Estão sendo distribuídos materiais sobre a atuação do Fisioterapeuta e do Terapeuta Ocupacional na atenção básica, com ênfase na estratégia de saúde da família; na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares; na Política Nacional de Saúde Funcional e nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família – Nasf.
Conscientização de gestores
O objetivo desse trabalho é a conscientização dos gestores em relação à necessidade urgente de atuação da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional na Saúde dos municípios brasileiros. “O acesso da população a saúde integral passa por nossas profissões. A população precisa que estejamos presentes em todas as unidades de saúde do país”, destacou o presidente do Coffito, Dr. José Euclides Poubel, que participou da abertura oficial do evento.
Atividades pré-congresso
Dentre as atividades pré-congresso, foi realizada no dia 8, na sede do Crefito 12, uma reunião da Comissão Permanente de Orçamento e Financiamento do CNS (COFIN), que contou com a presença da Dra. Ana Cristhina, também conselheira titular do CNS. O Dr. Elias Jorge (Diretor do Departamento de Economia da Saúde/SCTIE/MS) e o Sr. Alexandre Magno (Conselheiro Titular do CNS) participaram do encontro, que também contou com a presença do presidente do Crefito 12, Dr. José Wagner Muniz.
 
8 de abril de 2008

Coffito participa das atividades do Dia Mundial da Saúde

O Ministério da Saúde estima que cerca de 260 mil mortes podem ser evitadas no Brasil pela prática da atividade física. Com o objetivo de fazer com que a população entenda a importância da prática de qualquer exercício, entidades ligadas à saúde participaram de atividades em diversas cidades brasileiras. De acordo com o Ministério da Saúde, hoje a atividade física faz parte da rotina de apenas 15% da população. A expectativa do órgão é aumentar em 19% este índice até 2010. Em Brasília, no último domingo, o parque da Cidade recebeu milhares de pessoas durante o lançamento da campanha “Entre o time onde a atividade física e meio ambiente jogam juntos”. 

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – Coffito também esteve presente no evento e montou nas instalações do Parque da Cidade uma tenda de atendimento com acupuntura e quiropraxia. A disponibilidade dos serviços chamou a atenção da população presente no parque da cidade que usufruiu dos conhecimentos dos profissionais do Conselho que atenderam gratuitamente a população durante todo o dia. As atividades promovidas pelo Conselho foram realizadas em parceria com a Associação dos Terapeutas Ocupacionais do Distrito Federal – ATO-DF, da Coordenação de Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais do GDF e do Sindifisio.
 
Além disto, mais 18 tendas, ofereceram a população palestras, apresentações teatrais, shows das bandas, exposição de alimentos orgânicos, oficina de reaproveitamento de alimentos e reciclagem de papéis, massagens, jogos esportivos e populares, aulas de ioga, tai-chi-chuan, ginástica (laboral, postural, spinning, steps) e defesa pessoal.
 
As atividades no Parque da Cidade contaram com o reforço de atletas e artistas brasileiros que já fizeram história nos esportes coletivos e individuais do Brasil. Entre eles, Carlão, ex-jogador da seleção de vôlei do Brasil a jogadora de vôlei de praia Adriana Beahr e os representantes do atletismo, Claudinei Quirino, Robson Caetano e Joaquim Cruz. Além do ator Marcos Frota, que atua no meio circense e confessou ter ficado muito feliz em saber que a prática circense é também uma das formas de estimular na população a atividade física.
 
Representando o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a  secretária-executiva do ministério, Márcia Bassit Lameiro da Costa Mazzoli, ressaltou que a campanha será uma importante aliada das ações de saúde para a prevenção de doenças e o incentivo à prática esportiva no país.
 
Após a abertura do evento, a equipe de artistas atletas e representantes do poder público visitaram os estandes das diversas categorias ligadas à área da saúde e entidades que ofereceram diversas atividades à população. Na visita à tenda do Coffito, a secretária executiva do Ministério da Saúde, parabenizou os profissionais pela atuação na área de práticas integrativas. Além dos artistas presentes, o dançarino Carlinhos de Jesus também fez seu convite aos presentes para que todos façam exercícios físicos e encantou o público com sua atividade física preferida: a dança. Carlinhos de Jesus ensinou passos do samba e dançou ritmos como o bolero e a bossa-nova.
 

As atividades de lançamento da campanha também foram uma das formas de atrair a população para as comemorações do Dia Mundial da Saúde, comemorado nesta segunda-feira (07). Mais 286 municípios, integrantes da Rede Nacional de Promoção de Atividade Física no país, realizaram simultaneamente essas atividades em comemoração ao dia.

Agência Coffito

12 de março de 2008

Ministério da Saúde prepara Iº Seminário Internacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde

Na comemoração dos 20 anos do SUS, o Ministério da Saúde, a Secretaria de Atenção à Saúde, por meio do Departamento de Atenção Básica em parceria com a OPAS, realiza, entre os dias 13 e 15 de maio de 2008, em Brasília, o Iº Seminário Internacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.

O evento acontece dois anos após a publicação da Portaria ministerial nº 971 de 03 de maio de 2006, que assegura o acesso aos usuários do SUS à Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Homeopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia além de constituir observatório de práticas em saúde para o Termalismo e a Medicina Antroposófica. A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, PNPIC inseriu o Brasil na vanguarda das práticas integrativas no sistema oficial de saúde no âmbito das Américas. Esta política responde ao desejo da população manifesto nas recomendações de Conferências Nacionais de Saúde desde 1988.

O Seminário contará com a participação de aproximadamente 250 participantes, dentre convidados internacionais, representantes de agências internacionais, experts e técnicos de organismos internacionais – representação da OPAS/OMS, autoridades sanitárias, demais ministérios brasileiros envolvidos, associações e sociedades científicas, docentes e pesquisadores das instituições de ensino e pesquisa em saúde, gestores das três esferas de gestão, coordenadores de saúde municipais e estaduais, entidades de classe profissional, Conselho Nacional de Saúde, áreas técnicas do MS, entre outros.

A expectativa é de que o Seminário seja um espaço para o intercâmbio de experiências exitosas de modelos instituídos em outros países nos sistemas oficiais de atenção à saúde contribuindo para aprimorar o sistema brasileiro.

» As Práticas Integrativas e Complementares

O Seminário tratará dos temas vinculados à PNPIC – SUS como:

› Medicina Tradicional Chinesa
Caracteriza- se por um sistema médico integral, originado há milhares de anos na China. Utiliza linguagem que retrata simbolicamente as leis da natureza e que valoriza a inter-relação harmônica entre as partes. Tem como fundamento, a teoria do Yin-Yang, Também inclui a teoria dos cinco movimentos. Utiliza como elementos a anamnese, palpação do pulso, observação da face e língua em suas várias modalidades de tratamento (acupuntura, plantas medicinais, dietoterapia, práticas corporais e mentais).

› Acupuntura
Trata-se de um recurso terapêutico da Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Pode ser usada de forma isolada ou integrada com outros recursos terapêuticos.

› Homeopatia
A homeopatia é um sistema médico complexo, de caráter holístico, baseada no princípio vitalista e no uso da lei dos semelhantes, enunciada por Hipócrates no século IV a.C. Foi desenvolvida por Samuel Hahnemann no século XVIII. Utiliza como recurso diagnóstico a Matéria Médica e o Repertório e como recurso terapêutico o Medicamento Homeopático.

› Plantas Medicinais e Fitoterapia
Recurso terapêutico caracterizado pelo “uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas”. Destaca que a abordagem incentiva o desenvolvimento comunitário, a solidariedade e a participação social.
Planta medicinal: é uma espécie vegetal, cultivada ou não, utilizada com propósitos terapêuticos (OMS, 2003). Chama-se planta fresca aquela coletada no momento de uso e planta seca a que foi precedida de secagem, equivalendo à droga vegetal.

› Fitoterapia
Terapêutica caracterizada pela utilização de plantas medicinais em suas diferentes
formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal.

› Termalismo Social/Crenoterapia
Abordagem reconhecida de indicação e uso de águas minerais de maneira complementar aos demais tratamentos de saúde destaca que o Brasil dispõe de recursos naturais e humanos ideais ao seu desenvolvimento no SUS.

› Medicina Antroposófica
A medicina antroposófica – MA – apresenta-se como uma abordagem médico-terapêutica complementar, de base vitalista, cujo modelo de atenção está organizado de maneira transdisciplinar, buscando a integralidade do cuidado em saúde. Entre os recursos que acompanham a abordagem médica destaca-se o uso de medicamentos baseados na homeopatia, na fitoterapia e outros específicos da medicina antroposófica. Integrado ao trabalho médico está prevista a atuação de outros profissionais da área da saúde, de acordo com as especificidades de cada categoria.

Fonte: Ministério da Saúde

7 de março de 2008

Nasf: conquista dos profissionais, ganho da sociedade

O Diário Oficial do dia 4 de março vai entrar para a história da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional. Mais do que isso, significa um marco na saúde pública brasileira. Nele foram publicadas as alterações da Portaria GM 154/2008, que trata dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família – Nasf.

A proposta de criação de núcleos multiprofissionais para dar apoio às equipes mínimas da estratégia de saúde da família, principal ação de atenção básica do Ministério da Saúde, há muito vinha sendo discutida. O desenvolvimento dos estudos em atenção básica e o fomento de novas políticas públicas, como a criação da Política das Práticas Integrativas e Complementares (Portaria GM 971/2006) acabou por proporcionar a criação dos tão aguardados Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF. O próprio ministro Saúde, José Gomes Temporão autorizou a implementação dos Nasf, que reunirão profissionais de diversas áreas no atendimento à população. A partir de agora, os municípios podem dar início ao projeto de criação do Nasf para atender a população local.

Os Núcleos surgem com a proposta de ampliar o escopo de ações da Estratégia de Saúde da Família e, conseqüentemente, a sua resolubilidade. É importante ressaltar que os Nasf não se constituirão como porta de entrada do Sistema, atuando de forma integrada com as equipes de saúde da família e com toda a rede de serviços em saúde.

Para a adesão e implantação dos Núcleos pelos gestores municipais, será necessário elaborar um projeto onde, entre outras coisas, especificarão as principais ações planejadas – de acordo com as ações previstas na portaria GM 154/08 do MS – e descreverão quais os profissionais serão pleiteados, dentre os elencados nesta portaria ministerial – sendo eles fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, médicos (ginecologistas, pediatras, acupunturistas, homeopatas e psiquiatras), profissionais de educação física, nutricionistas, farmacêuticos, assistentes sociais, fonoaudiólogos e psicólogos.

Haverão duas modalidades de Núcleos: o Nasf 1 e o Nasf 2. O primeiro deverá ser composto por, no mínimo, cinco dos profissionais elencados de forma não-coincidente, sendo o Núcleo vinculado a no mínimo oito equipes de saúde da família e no máximo 20. O Nasf 2, entretanto, será composto por pelo menos três dos profissionais elencados, com exceção do médico acupunturista, médico homeopata, médico obstetra, médico pediatra e médico psiquiatra. Essa modalidade será vinculada a, no mínimo, três equipes de saúde da família, em municípios que tenham densidade municipal menor que 10hab/Km², podendo haver apenas um Nasf2 por município. Vale ressaltar que não haverá coincidência de modalidades de Núcleos numa mesma cidade.

Participação do Coffito

“Temos muito a comemorar. Essa foi uma conquista histórica e temos que agradecer o Departamento de Atenção Básica – DAB do Ministério pela abertura que nos foi permitida para o debate e a proposição”. Essa foi uma das declarações da vice-presidente do Coffito, Dra Ana Cristhina Brasil, ao comemorar a publicação da Portaria.

Num longo período de discussão, o Coffito interveio diretamente junto ao Departamento e, durante toda a construção dessa proposta, trabalhou em consonância com o Conselho Nacional de Saúde, por meio da coordenação da Comissão Intersetorial de Práticas Integrativas e Complementares do CNS, além de contar com o pleno apoio do Fentas e do FCFAS, particularmente após a publicação da primeira versão da portaria, para buscar a solução de algumas distorções.

A mobilização do Conselho Federal junto ao Ministério da Saúde foi determinante na participação efetiva da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional nesta política, reafirmando desde o início do projeto as demandas pujantes da população com relação à saúde funcional e a importância destes profissionais. De acordo com a vice-presidente do Coffito, esse trabalho deve continuar. “Vamos continuar o trabalho de convencimento dos gestores públicos da saúde em todos os municípios do País sobre a importância da atuação do fisioterapeuta e do terapeuta ocupacional na saúde pública da sociedade brasileira”, disse. A vice-presidente, que é também conselheira do CNS, destacou a importância do trabalho em parceria. “Nesse processo sentimos a coesão entre todas as entidades representativas de classe e mostramos que só marchando juntos conseguimos atingir os objetivos. Pesamos, estudamos, discutimos, até chegarmos a um marco histórico como esse; e tudo isso com respeito e muita responsabilidade com cada cidadão e cidadã brasileiros. É assim que se faz saúde”, disse a Dra. Ana Cristhina.

Modificações e Carga Horária

As modificações na Portaria já publicada, resultado da intervenção direta do Coffito junto ao DAB – que demonstrando comprometimento real com a saúde da população – se dispôs a rever prontamente o texto e, após a revisão, foi aprovado por unanimidade durante a plenária do Conselho Nacional de Saúde no último mês de fevereiro.

Além da busca pela efetivação da política como um todo, o trabalho junto ao DAB se destacou pela busca da garantia da utilização dos recursos da acupuntura por todos os profissionais que estão habilitados de acordo com a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (Portaria GM 971/2006). Além disso, o Coffito, após consulta à Fenafito, pleiteou a efetiva aplicação da Lei 8856/94, que trata da carga horária máxima dos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, de uma forma a não prejudicar a efetividade dos Núcleos. A solução encontrada, em conformidade com todos os interessados, foi a determinação de que, para os fisioterapeutas e terapeutas Ocupacionais, deverão ser contratados dois profissionais com carga horária de 20 horas semanais cada.

As principais mudanças na republicação da portaria GM 154/2008, que cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família – NASF, foram as seguintes:

  • A lei 8856/94, que estabelece a carga horária máxima semanal dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais, e a Lei 9696/98 que dispõe sobre a regulamentação da profissão de Educação Física foram contempladas nos considerandos;

  • No artigo 3º, foi acrescido o parágrafo 5º especificando que a “prática de Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura deverá ser realizada em consonância com a Portaria GM nº 971/2006 (que aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares)”;

  • No artigo 4º, incisos II e III, fica estabelecido que “Para os profissionais fisioterapeutas, devem ser registrados 2 (dois) profissionais que cumpram um mínimo de 20 horas semanais cada um” e “Para os profissionais terapeutas ocupacionais, devem ser registrados 2 (dois) profissionais que cumpram um mínimo de 20 horas semanais cada um”, respectivamente;

  • O parágrafo 2º do artigo 12º passa a ter uma nova redação:

§º 2º O Ministério da Saúde suspenderá os repasses dos incentivos referentes ao NASF aos Municípios e/ou ao Distrito Federal, nos casos em que forem constatadas, por meio do monitoramento e/ou da supervisão direta do Ministério da Saúde ou da Secretaria Estadual de Saúde ou por auditoria do DENASUS, alguma das seguintes situações:

I – inexistência de unidade de saúde cadastrada para o trabalho das equipes e/ou;

II – ausência de qualquer um dos profissionais da equipe por período superior a 90 (noventa) dias, com exceção dos períodos em que a contratação de profissionais esteja impedida por legislação específica e/ou;

III – descumprimento da carga horária mínima prevista para os profissionais dos NASF e/ou;

IV – inexistência do número mínimo de Equipes de Saúde da Família vinculadas ao NASF sendo consideradas para esse fim as Equipes de Saúde da Família completas e as Equipes de Saúde da Família incompletas por período de até 90 dias.

  • Na tabela das Áreas de Apoio do NASF, na Acupuntura, foram listados nas ocupações, além do médico acupunturista, o fisioterapeuta acupunturista e o psicólogo acupunturista.

Agência Coffito

20 de fevereiro de 2008

Núcleos de Apoio à Saúde da Família começam a ser habilitados em março

Rio de Janeiro – O Ministério da Saúde pretende implantar este ano 500 Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) em todo o país. “Essa é a nossa meta”, disse a diretora do Departamento de Atenção Básica à Saúde da pasta, Claunara Mendonça. Ela informou que muitos municípios já estão com o processo de criação dos Nasf em andamento. Por isso, a expectativa é que as primeiras unidades devem começar a ser habilitadas a partir de março.

A implementação dos núcleos está prevista na Portaria 154, publicada pelo Ministério da Saúde em 25 de janeiro deste ano. Claunara Mendonça explicou que todas as políticas ministeriais são executadas pelos gestores municipais. E, no caso dos Nasf, esses gestores terão de eleger as equipes de saúde da família de referência para os núcleos, além de definir quantas unidades serão implantadas.

“Aí ele [gestor] pactua isso no espaço bipartite, que é o espaço de negociação do Sistema Único de Saúde (SUS), e encaminha para o ministério a habilitação desses centros”, acrescentou a médica. Os Nasf reunirão profissionais de diversas áreas no atendimento à população, que atuarão em parceria com as equipes do Programa Saúde da Família.

Os núcleos integram o plano estratégico Mais Saúde, lançado em dezembro de 2007, que prevê ações para ampliar a assistência do SUS até 2011. As unidades contarão com médicos ginecologistas, pediatras e psiquiatras, além de homeopatas, acupunturistas, professores de educação física, nutricionistas, farmacêuticos, assistentes sociais, fisioterapeutas,  fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais.
 
As equipes de Saúde da Família são compostas de médico, enfermeiro, auxiliares de enfermagem e agentes comunitários. “Os núcleos de apoio são o acréscimo de todo o outro rol de profissionais da saúde. Então, além das práticas integrativas complementares da homeopatia e da acupuntura, a gente tem a possibilidade de ações de promoção da saúde, como educador físico e todos os outros profissionais da alimentação e nutrição, da reabilitação”, destacou Claunara Mendonça.

A idéia é que o desenho dos Nasf varie de acordo com a realidade de cada município. Se em determinada cidade prevalecer maior número de problemas relacionados à saúde mental, por exemplo, o núcleo deverá ser composto prioritariamente por especialistas na área, como psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais.

Os gestores terão que incluir suas equipes no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, do SUS. “Quando os gestores cadastram aqueles profissionais que vão fazer parte do Nasf, nós aqui do ministério passamos a financiar esse serviço”, informou a diretora de Atenção Básica à Saúde.
 
O financiamento dos núcleos vai variar de acordo com o tamanho da população de cada município envolvido no projeto. Para cidades menores, onde as equipes terão apenas três profissionais, a verba de manutenção será de R$ 6 mil mensais. Já os municípios maiores, com equipes compostas por cinco profissionais de nível superior, o custo será de R$ 20 mil por mês.

“Esse é o financiamento que cada gestor vai receber por cada Nasf implantado. A gente acredita que é uma política bem financiada, porque ela garante o pagamento desses profissionais de nível superior”, avaliou a médica.

A diretora do Ministério da Saúde reconheceu que os municípios de maior porte, que já possuem estratégias de saúde da família adiantadas, como Belo Horizonte e Florianópolis, deverão implantar os Nasf de forma mais rápida. Já nos municípios com menor capacidade de gestão, o processo, segundo ela, poderá ser mais lento.

Agência Brasil

1 de fevereiro de 2008

Mais Saúde: Municípios já podem organizar o Nasf para atender a população

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão autorizou a implementação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), que reunirão profissionais de diversas áreas no atendimento à população. A partir de agora, os municípios podem dar início ao projeto de criação do Nasf para atender a população local. Os núcleos integram o Mais Saúde, plano estratégico de saúde lançado em dezembro do ano passado e que contém ações para a ampliação da assistência e qualificação do Sistema Único de Saúde até 2011.

Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família são uma iniciativa que vai ampliar o número de profissionais vinculados às equipes do Saúde da Família (SF). Os núcleos reunirão profissionais das mais variadas áreas de saúde, como médicos (ginecologistas, pediatras e psiquiatras), professores de Educação Física, nutricionistas, acupunturistas, homeopatas, farmacêuticos, assistentes sociais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais. Esses profissionais atuarão em parceria e em conjunto com as equipes do Saúde da Família.

O objetivo dos núcleos é ampliar a abrangência e o escopo das ações da atenção básica, complementando o trabalho das equipes do SF. Podem ser instituídos dois tipos de Nasf: Nasf 1 e Nasf 2. O Nasf 1 deve ter, no mínimo, cinco profissionais de diferentes áreas, de acordo com as mencionadas acima – um núcleo não poderá ter dois nutricionistas, por exemplo. Cada núcleo deverá estar vinculado a, no mínimo, oito e, no máximo, 20 equipes do SF.

Excepcionalmente, em municípios da região Norte com até 100 mil habitantes, o Nasf 1 poderá estar vinculado a, no mínimo, cinco equipes do SF. Cada Nasf 1 implementado (após aprovação do projeto do município no Conselho Municipal de Saúde e na Comissão Intergestores Bipartite do estado) receberá do Ministério da Saúde R$ 20 mil mensais para a manutenção.

O Nasf 2 deve ter, no mínimo, três profissionais de diferentes áreas, estar vinculado a, no mínimo, três equipes do SF e só poderá ser implementado um núcleo por município. Esse município precisa ter densidade populacional abaixo de 10 habitantes por quilômetro quadrado, de acordo com os dados do IBGE de 2007. Por mês, o ministério repassará R$ 6 mil a cada Nasf 2 implementado.

Atividades – Os profissionais de cada núcleo devem identificar, em conjunto com a as equipes do SF e a comunidade, as atividades, as ações e as práticas a serem adotadas com cada área coberta. Fazem parte da estratégia de atuação dos núcleos promover a saúde e a qualidade de vida, como estratégia de prevenção de doenças. Por essa razão, destaca-se a importância da atuação multiprofissional, com professores de Educação Física e nutricionistas, entre outros.

Entre as inúmeras ações, os Nasf devem: desenvolver atividades físicas e práticas corporais; proporcionar educação permanente em nutrição; contribuir para a ampliação e valorização da utilização dos espaços públicos de convivência; implementar ações em homeopatia e acupuntura para a melhoria da qualidade de vida; promover ações multiprofissionais de reabilitação para reduzir a incapacidade e deficiências, permitindo a inclusão social; atender usuários e familiares em situação de risco psicossocial ou doença mental; criar estratégias para abordar problemas vinculados à violência e ao abuso de álcool; e apoiar as equipes do SF na abordagem e na atenção aos agravos severos ou persistentes na saúde de crianças e mulheres, entre outras ações.

Implementação – Para implementar o Nasf, o município deve elaborar projeto, contemplando o território de atuação, as atividades que serão desenvolvidas, os profissionais e sua forma de contratação com especificação de carga horária, identificação das equipes do SF vinculadas ao Nasf, e a unidade de saúde que credenciará o Nasf. Esse projeto deverá ser aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde e pela Comissão Intergestores Bipartite de cada estado. O Nasf foi criado pela portaria ministerial nº 154, publicada no Diário Oficial da União em 25 de janeiro deste ano.

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18 de dezembro de 2007

Coffito participa de reunião na Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional participou da 11ª reunião da Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde nesta segunda-feira (17). Hoje foi realizada a primeira fase da reunião que prossegue amanhã (18).

Durante a reunião de hoje foi apresentado aos participantes o Cadastro dos Conselhos de Profissionais de Saúde (Conprof). Esse sistema foi criado para a divulgação de informações relacionadas aos Conselhos Profissionais da área da saúde. O acesso é destinado aos trabalhadores, gestores e demais interessados que podem ter acesso aos dados dos Conselhos Profissionais em todo o país. Entre as informações disponíveis estão o número de profissionais que entram no mercado de trabalho anualmente e a situação das proposições em tramitação no Congresso Nacional.

 

Três projetos foram apresentados e debatidos pela Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde. O PL 7531/2006 que trata do exercício da atividade de Parteira Tradicional e o PL 2145/2007 que regulamenta esta atividade. Além dos PLs 6042/2005 sobre o exercício da profissão de Podólogo e PLS 437/2007 que altera o art. 22 da Lei nº 3.268 e dispõe sobre os Conselhos de Medicina, entre outras providências.

 

Nesta terça-feira, a partir das 10h, será realizada a segunda parte desta reunião com um debate sobre a “Acupuntura e Exercício Profissional” que contará com a participação de representantes do Coffito. As profissões da Medicina, Medicina Veterinária, Enfermagem, Psicologia, Farmácia, Fonoaudiologia, Biomedicina, Educação Física, Odontologia, além de representantes dos Acupunturistas também integram a mesa de debate.

Agência Coffito

12 de dezembro de 2007

É fundada a Associação dos Fisioterapeutas Acupunturistas do Brasil – AFA Brasil

No último dia 8 de dezembro, em Porto Alegre, durante a I Jornada de Fisioterapeutas pela Acupuntura, realizada pela Associação Gaúcha de Fisioterapeutas Acupunturistas – AGAFISA, foi criada a Associação dos Fisioterapeutas Acupunturistas do Brasil – AFA Brasil. A decisão foi unânime, após uma mesa redonda que debateu a atual situação da especialidade de Acupuntura pelo fisioterapeuta.
A Comissão Provisória, eleita entre os participantes, tem a missão de organizar um Congresso Nacional que deverá acontecer no primeiro semestre de 2008, e ainda unir  os profissionais fisioterapeutas com atuação em Acupuntura no Brasil.
Veja abaixo a composição da Comissão Provisória de administração da Associação dos Fisioterapeutas Acupunturistas do Brasil – AFA Brasil:

Dr. Jeferson Ubiratã Mattos Vieira,

Dr. Vanderlei Valdemar Somavilla,

Dr. Jorge Luiz Nienow,

Dr. Pedro Alves Borges,

Dra. Rita Maria Chaves de Cordova

                                                            Dr. Diego Souza

 

30 de outubro de 2007

I Cifiba: presidente do Coffito discute avanços da Fisioterapia em evento internacional

Ética, competência e responsabilidade social. Estes foram os principais tópicos da palestra “Novos Cenários para a Fisioterapia”, apresentada pelo presidente do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – Coffito, Dr. José Euclides Poubel e Silva, durante a abertura do I Congresso Internacional de Fisioterapia da Bahia – Cifiba – que ocorreu na cidade de Ilhéus, de 24 a 27 deeste mês.
 
 
 
 
 
Poubel fez uma avaliação dos avanços da profissão, desde que foi regulamentada, há 38 anos. Ele abordou a realidade da atividade no Brasil, no Mercosul, e em outros países.
 
 
 
 
 
 
 
 
A apresentação do presidente do Coffito foi marcada pela abordagem da responsabilidade social do profissional, com destaque para a importância da participação nos espaços democráticos de discussão da Fisioterapia, entre eles: o Fórum dos Conselhos Federais das Profissões Regulamentadas – FCFPR; o Fórum dos Conselhos Federais da Área da Saúde – FCFAS; o Fórum de Entidades Nacionais de Trabalhadores na Área da Saúde – FENTAS; a Câmara de Regulação do Trabalho na Saúde (CRTS/MS); a Câmara Técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e as comissões do Conselho Nacional de Saúde (CNS/MS).
 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com ele, somente por meio da articulação nesses espaços é que a categoria poderá alcançar conquistas em torno da coletividade, que irão beneficiar não apenas os profissionais, mas principalmente o conjunto da sociedade brasileira.
 
 
 
 
 
 
 
 
Mercado de trabalho
Euclides também abordou as perspectivas da profissão e as “portas” que atualmente vêm se abrindo no mercado de trabalho. Falou sobre as especialidades já reconhecidas (Acupuntura, Quiropraxia e Osteopatia, Fisioterapia Respiratória, Fisioterapia Traumato-ortopédica, Funcional e Fisioterapia Neurofuncional) e sobre as áreas de atuação promissoras em vias de reconhecimento de Especialidade: Fisioterapia do Trabalho e Fisioterapia Esportiva.
 
 
 
 
 
 
 
 
Na quinta-feira, 25, o Dr.Euclides Poubel participou da mesa Saúde Coletiva e Fisioterapia nos municípios. Ele falou sobre os avanços das discussões mais recentes na área, entre eles os encaminhamentos do I Congresso Nacional de Fisioterapia na Saúde Coletiva, o I Conafisc, realizado em Brasília, no mês de agosto.
 
 
 
 
 
 
 
 
O evento
O I Cifiba foi um marco na discussão da Fisioterapia na atenção básica, não só para o estado da Bahia, mas para todo o País, considerou o presidente do Coffito.
O I Congresso Internacional de Fisioterapia da Bahia foi idealizado pela Coordenação do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC de Itabuna, com o apoio do Sistema COFFITO/CREFITOS. O evento contou com cerca de 1.500 participantes, entre profissionais e estudantes dos cursos de graduação em Fisioterapia.

 
Com o objetivo de ampliar a visibilidade da Fisioterapia junto à comunidade baiana e promovê-la em nível regional e nacional, o I Congresso Internacional foi marcado por palestras, mesas redondas, painéis e debates em torno dos avanços científicos e principais técnicas aplicadas à utilização da Fisioterapia na atenção básica à saúde, em programas de prevenção, promoção da saúde e reabilitação.
 
                                                                                  
 
 
 
                                                                Presidente do Crefito 7,
Dr. José Roberto Borges Santos
 
 
O Congresso contou com a presença de professores e palestrantes de universidades americanas, argentinas e brasileiras, entre elas a Nova Southeastern University, University of Iowa,  UFMG e UFSCar.
 

Também estiveram presentes o vice-presidente do Crefito 7, Dr. Cleber Murilo Pinheiro Sady, o presidente do Crefito-9, Dr. Cássio Fernando Oliveira da Silva, o presidente Crefito 10 Dr. Paulo Crocomo, além do conselheiro do Crefito 10, Dr. Sandroval Francisco Torres. Representaram a Abenfisio durante o I Cifiba, o Dr. Elias Nasrala Neto e o Dr. Antonio Alberto Fernandes (Betinho).

 
 
 
 
 
 
Agência Coffito
21 de setembro de 2007

Regulamentação da medicina: presidente do COFFITO debate PL 7.703 na Câmara

Alguns pontos do projeto necessitam de maior discussão, alguns de supressão e outros de estudo técnico. Não estamos satisfeitos com a redação atual do PL. Assim o presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – Coffito, Dr. José Euclides Poubel, resumiu a posição do Conselho a respeito do Projeto de Lei 7703/2006, que regulamenta o exercício profissional da medicina. Poubel participou como debatedor da audiência pública promovida pela Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados na última terça-feira (18).
 
 
 
 
 
 
 
 
O PL define as atividades privativas do profissional médico, e estabelece que serão resguardadas as competências próprias das diversas profissões ligadas à área de saúde. Porém, no bojo do projeto, isso não está garantido, o que tem provocado inúmeros questionamentos das demais profissões da saúde, bem como dos parlamentares, afinal, foram 60 emendas apresentadas ao texto atual, destaca Euclides.
 
 
 
 
 
 
O presidente do Coffito deixou claro que a proposta, mesmo depois de discutida e modificada, ainda não está em conformidade com o texto produzido entre os conselhos profissionais, após debate promovido pela relatora do projeto no Senado, a senadora Lúcia Vânia. “O Conselho vem discutindo amplamente esta questão, e viemos trazer nossas contribuições para que a discussão seja ampliada, e não encerrada”, frisou o presidente, que pontuou os aspectos do texto que necessitam de reparos.

 

De acordo com ele, os pontos de maior divergência da proposta se encontram no artigo 4º, no qual estão listadas as atividades privativas de profissionais médicos. É complicado versar sobre técnicas profissionais em uma Lei, porque as Leis devem ser atemporais, enquanto ss técnicas podem ser modificadas e atualizadas com o passar do tempo, explicou. “O que precisa estar assegurado na Lei é o princípio da segurança em saúde para a sociedade e as técnicas eficientes para os pacientes”, disse Euclides.

 

Prescrição terapêutica e Acupuntura

 

Euclides Poubel chamou atenção para alguns pontos do projeto original: prescrição terapêutica, e indicação e execução de procedimentos invasivos.
Prescrição terapêutica é um termo muito amplo, que precisa ser discutido e melhor esclarecido no texto, disse. Sobre técnicas invasivas, Euclides destacou que é preciso haver muito cuidado, para que a prática da acupuntura, que é multiprofissional, não seja comprometida. “Isto deve ser resolvido, não por uma questão de reserva de mercado, mas a acupuntura não pode ser atividade privativa de uma classe profissional”, disse. Ele explicou que o número de médicos que pratica acupuntura é infinitamente menor do que o número de profissionais habilitados para a técnica, entre eles fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais.

 

Procedimentos invasivos e assistência ventilatória

 

Poubel também destacou que alguns procedimentos que, em tese, invadem orifícios do corpo vêm sendo realizados brilhantemente por profissionais da fisioterapia. Ele apontou para a realização de diagnósticos e práticas próprias nas disfunções uro-ginecológicas, “que vem sendo praticados por fisioterapeutas, e tem contribuído para a diminuição do número de cirurgias pelo sistema único de saúde”, frisou o presidente do Coffito, explicando que essa é uma atividade típica de fisioterapeutas que não pode se tornar exclusiva de médicos.

 

Ele pontuou ainda que muitos profissionais da fisioterapia e da enfermagem realizam técnicas de assistência ventilatória com qualidade assistencial e autonomia, não cabendo controle por parte dos profissionais médicos exclusivamente.

 

Órteses e próteses
Euclides também questionou por que a indicação do uso de órteses e próteses deveria ser privativa de médicos, já que tanto nas Diretrizes Curriculares como na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), o profissional da Terapia Ocupacional, por exemplo, pode prescrever, indicar, confeccionar e adaptar órteses e tecnologias assistivas.

”Os debates irão contribuir para a melhoria do projeto, e estamos no caminho de um texto ideal para a proposta. Ambos os lados se abriram, e demonstraram maturidade. Já avançamos muito, e podemos afirmar que o texto melhorou, mas é preciso bom senso, porque estamos abertos para a discussão, mas não aceitamos o texto como está, como se já houvesse um acordo entre as classes profissionais”, concluiu.

 

Confira as atividades privativas do médico propostas no PL

 

  • formulação do diagnóstico e prescrição terapêutica;
  • indicação e execução da intervenção cirúrgica e prescrição dos cuidados médicos;
  • indicação e execução de procedimentos invasivos (invasão da pele com o uso de injeção, por exemplo, e dos orifícios do corpo, atingindo os órgãos);
  • intubação e desintubação traqueal;
  • execução da sedação profunda, bloqueios anestésicos e anestesia geral;
    laudo dos exames endoscópios e de imagem dos procedimentos invasivos;
    indicação do uso de órteses e próteses, inclusive as oftalmológicas;
    indicação de internação e alta médica;
  • realização de perícia médica e exames médico-legais;
  • atestação médica de condições de saúde, deficiência e doença;
  • emissão de atestado do óbito, exceto em casos de morte natural em localidade em que não haja médico.

Outras atividades

O PL 7703 também propõe que somente médicos poderão exercer direção de serviços médicos; coordenação, perícia, auditoria e supervisão vinculadas diretamente a atividades privativas de médico; ensino de disciplinas especificamente médicas; e coordenação dos cursos de graduação em Medicina, dos programas de residência médica e dos cursos de pós-graduação específicos para médicos. Pelo texto, a denominação "médico" é privativa dos graduados em cursos superiores de Medicina e o exercício da profissão só é permitido aos inscritos no Conselho Regional de Medicina.

Relator defende valorização das profissões

O relator da proposta, deputado Edinho Bez, defendeu a valorização das outras profissões ligadas à saúde. Segundo ele, a Comissão de Trabalho está orientada para preservar as atribuições das demais atividades da área de saúde. "Não vamos medir esforços para, no mínimo, buscar o equilíbrio dos integrantes da área de saúde". O deputado afirmou ainda que tem consciência de que o trabalho na saúde é um trabalho de equipe e que cada um deve se responsabilizar por sua parte. "Esse é um dos desafios do meu relatório", disse.

Participantes
Também estiveram na reunião representantes dos conselhos federais de Biologia (CFBIO), de Biomedicina (CFBM), de Enfermagem (Cofen), de Farmácia (CFF), de Fonoaudiologia (CFFa), de Odontologia (CFO), de Psicologia (CFP), do Sindicato de Acupuntura e Técnicas Orientais de São Paulo (Satosp), e da Sociedade Brasileira de Citopatologia Clínica e da Associação Brasileira de Profissionais Ópticos Optometristas.

 

Agëncia Coffito
 
 
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